Lisboa, 03 nov 2012 (Ecclesia) – O general António Ramalho Eanes disse hoje que a crise que se abateu sobre a sociedade deve-se a uma “globalização desregulada” e de “um capitalismo sem regras”
Na sua intervenção - na conferência «Portugal: O país que queremos ser», promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) - o ex-presidente da República sublinhou também que a culpa da crise se deve à falta de “norte estratégico e de liderança” na Europa. Ainda no domínio das culpas, o general Ramalho Eanes realçou também que os portugueses “não quiseram” ou “não foram capazes de tomar em mãos” a responsabilidade quotidiana do “acontecer político” porque não foi assumido “em plenitude a responsabilidade social”. «A sociedade civil nas sociedades democráticas contemporâneas» foi o tema da reflexão do general Ramalho Eanes que pediu “a todos, e aos políticos em especial, para preservar e desenvolver a sociedade”. Uma sociedade civil “atenta, responsável e exigente”, consegue “alterar grandes decisões políticas” quando exige a demonstração “da sua evidência” e exemplificou o caso do “aeroporto da Ota”. Só uma “sociedade solidária” permite “ultrapassar a situação de decadência real” que o país se encontra, acentuou o ex-presidente da República. A conferência anual da CNJP, subordinada ao tema «Portugal: O país que queremos ser», vai ter também como conferencista o constitucionalista José Gomes Canotilho que falará sobre «O papel do Estado na realização do bem comum». No encerramento estará D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Alfredo Bruto da Costa, presidente da CNJP. A CNJP, organismo laical da Conferência Episcopal Portuguesa, foi criada com a finalidade genérica de “promover e defender a Justiça e a Paz, à luz do Evangelho e da doutrina social da Igreja”. LFS |
04/11/2012
General Ramalho Eanes aponta as razões para a crise atual
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