09/11/2012

Milhares vão às ruas contra o governo de Cristina na Argentina


Multidão ocupou o Obelisco e a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada.
Eles protestam contra insegurança, corrupção e chance de reeleição.

Da AFP
208 comentários
Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires nesta quinta-feira (8) para um “panelaço” contra a insegurança, a proibição da compra de dólares, a corrupção e a reeleição para um terceiro mandato da presidente Cristina Kirchner na Argentina.
A multidão ocupou o Obelisco, tradicional monumento em Buenos Aires, sob um grande cartaz com a frase “Chega de matar”, em alusão à crescente violência criminal no país. O protesto também invadiu a tradicional Praça de Maio, diante da Casa Rosada, sede do governo.
Manifestantes se reúnem ao redor do Obelisco na capital argentina contra o aumento da inflação, crime e corrupção no governo da presidente Cristina Kirchner  (Foto: Natacha Pisarenko/AP)Manifestantes se reúnem ao redor do Obelisco na capital argentina (Foto: Natacha Pisarenko/AP)
buenos aires (Foto: AFP)Protesto é contra o aumento da inflação, dos índices de criminalidade e da corrupção. (Foto:AFP)
Outro fator que motivou o protesto foi o apagão que atingiu nas últimas horas a capital argentina e sua periferia, em meio a um calor fora do comum.
“Não gosto do autoritarismo de Cristina. Não pode fazer o que quer porque foi reeleita com 54% dos votos”, disse Federico Chelli, um estudante de 20 anos.
Cristina Kirchner chegou ao poder em 2007 e em 2011 foi reeleita para um segundo mandato, que concluirá em 2015. A Constituição argentina não permite uma segunda reeleição, mas setores do governo já falam em uma reforma ao estilo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, o que é rejeitado por mais de 80% da população, segundo pesquisas.
No entanto, as principais preocupações dos argentinos são com a violência crônica e a inflação, ainda segundo as pesquisas.
Manifestante bate panela durante protesto, nesta quinta-feira (8), em Buenos Aires.  (Foto: Natacha Pisarenko/AP)Manifestante bate panela durante protesto, nesta quinta-feira (8), em Buenos Aires. (Foto: Natacha Pisarenko/AP)
As últimas pesquisas de opinião revelam uma significativa queda na aprovação de Kirchner -- reeleita em outubro passado com 54% dos votos -- devido ao agravamento da situação econômica na Argentina provocado pela crise internacional.
As eleições para a renovação da metade da Câmara dos Deputados e de um terço do Senado estão previstas para outubro de 2013, e segundo os analistas, dificilmente Kirchner obterá uma vitória capaz de lhe assegurar os dois terços do Congresso necessários para reformar a Constituição.

Nenhum comentário :

Postar um comentário