10/11/2012

Seca provoca crise alimentar



Texto Juliana Batista | Foto Lusa | 10/11/2012 | 08:47
Quase dois milhões de pessoas correm o risco de passar fome em Angola, entre as quais 500 mil crianças. A situação dramática vivida no país é causada pela falta de chuva
IMAGEM
Cerca de meio milhão de crianças angolanas corre o risco de passar fome, devido à seca que atingiu o país no último ano. O alarme foi lançado pelo governo, segundo o qual «dez das 18 províncias do país estão a atravessar uma grave crise alimentar». De acordo com o jornal 'O Apostolado', para fazer face a esta situação, o executivo de José Eduardo dos Santos «lançou um programa de luta à desnutrição infantil» junto de vários parceiros internacionais, incluindo as Nações Unidas

A iniciativa, que contempla dez províncias do país, pretende «construir centros de saúde e formar mais de dois mil agentes comunitários de saúde, que vão trabalhar com cerca de 350 mil famílias nas quatro províncias mais atingidas: Kwanza-Sul, Zaire, Huambo e Bie». «Durante vários meses não choveu quase nada» referiu Ceferino Cainelli, sacerdote e superior provincial da Sociedade para as Missões Africanas, citado pela agência Misna. Consequentemente, «há centenas de milhares de famílias com grandes dificuldades», referiu. 

Segundo informações transmitidas pelos missionários, a chuva que caiu só por algumas semanas não foi suficiente para impedir esta emergência. No último ano, registou-se em Angola uma queda de 60 por cento no índice de pluviosidade, com impactos na produção agrícola, que sofreu uma redução de mais de 400 mil toneladas em relação à colheita antecedente. Fenómenos que levam a que um milhão e 800 mil pessoas se encontrem em situação de insegurança alimentar.

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