Teólogo Borges de Pinho diz que é preciso «acolher de novo» aquele acontecimento para reforçar fé católica

Tema esteve em debate durante uma jornada de atualização teológico-pastoral do clero de Santarém

Santarém, 09 nov 2012 (Ecclesia) – O teólogo Eduardo Borges de Pinho considera que a comemoração dos 50 anos do início do Concílio Vaticano II (1962-1965) é uma oportunidade de reforçar a crença católica no meio das comunidades portuguesas. O professor da Universidade Católica Portuguesa defendeu esta ideia durante uma jornada de atualização teológico-pastoral do clero de Santarém, que decorreu entre esta quarta e quinta-feira. De acordo com um comunicado daquela diocese, enviado hoje à Agência ECCLESIA, o docente falou aos sacerdotes e diáconos sobre “A receção do Concílio Vaticano II em Portugal”, tendo sublinhado que “importa acolher de novo” este “acontecimento de graça”, para “desenvolver a reinculturação da fé e promover a formação dos cristãos”. A iniciativa contou ainda com a presença de D. Manuel Linda, bispo auxiliar de Braga e Vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana. O prelado recorreu às “Chaves de leitura do Concílio Vaticano II” para identificar “alguns dos desafios” que se colocam hoje aos agentes pastorais, tais como “o regresso constante à Bíblia, a valorização do papel dos leigos, a opção preferencial pelos pobres, o entendimento da Igreja como servidora do mundo e a abertura ao ecumenismo e às outras religiões” A jornada de atualização do clero escalabitano fechou com uma conferência do padre Pedro Ferreira sobre “a aplicação da Sacrosanctum Concilium na Igreja portuguesa”. O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Litúrgica destacou a necessidade de “valorizar a Palavra de Deus nas celebrações”, de “criar espaços de silêncio” e de “centrar as celebrações no encontro com Cristo vivo”. JCP