31/05/2013

Situação da energia nuclear pós Rio+20

Heitor Scalambrini Costa *
Sr. Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Deputado Penna: meus agradecimentos pelo convite e oportunidade de discutir tema tão relevante. Parabenizo-o pela proposição desta audiência publica, assim como os demais membros desta Comissão por acolher e aprovar esta iniciativa. Aos membros da mesa e aos demais presentes meu bom dia.
A situação da energia nuclear depois de 1 ano da Rio+20 e da Cúpula dos Povos sofreu mudanças importantes com relação ao seu papel nas políticas energéticas de vários paises industrializados.
A tragédia ocorrida no Japão, em 11 de março de 2011, colocou em evidência mais uma vez as grandes questões que ainda não foram respondidas pela área nuclear.
A primeira delas é o alto fator de insegurança na operação de usinas nucleares e os riscos de desastres relacionados a vazamentos de material radioativo, quase que invariavelmente de consequências dramáticas, espalhando radioatividade no ar, na terra e na água. A credibilidade com relação à segurança dos reatores nucleares foi seriamente abalada, com os desastres de Three Mile Island (nos Estados Unidos), Chernobyl (na ex-União Soviética) e agora de Fukushima (no Japão).
Com outras tecnologias para produzir eletricidade também podem ocorrer acidentes (como incêndios em termelétricas ou ruptura de barragens em reservatórios de usinas hidroelétricas), mas os acidentes nucleares, devido à liberação de radiação, são infinitamente mais perigosos à vida humana, animal e à natureza.
Este último no Japão mostrou que mesmo em um país altamente desenvolvido e bem preparado tecnologicamente, com nível científico elevado de seus especialistas, desastres e falhas tecnológicas podem acontecer. Os riscos de acidentes nucleares existem e quando acontecem são devastadores. Daí para evitar este risco o caminho é não instalar estas usinas.
Outra questão é de caráter econômico. A eletricidade nuclear é mais cara que outras formas de produzir eletricidade. A geração nucleoelétrica é uma tecnologia complexa e cara, e que fica ainda mais cara e deixa de ser competitiva em relação a outras fontes de energia, devido aos gastos para melhorar o desempenho e a segurança das usinas. De modo geral, somente empresas estatais constroem reatores nucleares, ou empresas privadas com fortes subsídios governamentais. E aí está o "nó" para esta indústria que depende enormemente de altos investimentos vindos dos cofres públicos. No Brasil um reator de 1.300 MW tem seu custo inicial avaliado em 10 bilhões de reais.
E finalmente, a questão não resolvida do armazenamento do "lixo nuclear". Nenhum país conseguiu até hoje equacionar definitivamente o problema da destinação dos resíduos perigosos (altamente radioativos) produzidos pelas reações nucleares, que em geral se acumulam nas próprias usinas (como em Angra 1 e 2). Estes resíduos continuam ativos por milhares de anos, criando assim também um problema ético, pois a geração presente se beneficia dos serviços prestados pela eletricidade, mas acaba legando às gerações futuras os resíduos radioativos.
Diante das evidências, tristemente constatadas em Fukushima envolvendo a emissão de material radioativo para o meio ambiente, provocando a retirada de mais de 100 mil pessoas, ainda resta muito a fazer para acabar de vez com esta tragédia. O chamado programa de descontaminação prevê reabilitar uma área de 20.000 km2 da região mais exposta a precipitação radioativa, e assim possibilitar o retorno das pessoas que de lá foram retiradas. Estão sendo liberados pelo governo japones 13 bilhões de dólares para esta finalidade.
Estima-se que no caso dos reatores 1, 2 e 3 o combustível fundido será retirado em prazo próximo há 25 anos, e que somente depois, estas unidades serão desmanteladas (descomissionadas), o que deverá levar mais 15 anos. Ou seja, as unidades da central de Fukushima Daiichi somente se tornarão um mausoléu definitivo para a posteridade em 2052. Lembrando que todo este trabalho ao longo dos próximos 40 anos será realizado na maioria por operários que trabalharão em ambiente de alta radioatividade.
A catástrofe em territorio japonês foi um grande exemplo/aviso para o mundo, contribuindo efetivamente para o aumento da desconfiança na indústria nuclear. Como consequência, aumentou a rejeição da opinião pública global ao uso da energia nuclear. Vários países entenderam este alarme e anunciaram o cancelamento dos seus programas nucleoelétricos. Pesquisas de opinião pública realizadas em países que já tem usinas nucleares, incluindo o Brasil, indicaram que 69% dos entrevistados rejeitam a construção de novas usinas. No Brasil 79% dos entrevistados disseram se opor a construção destas usinas.
Não há, portanto, razões para investir em energia nuclear no Brasil. Para garantir a segurança energética o país dispõe de recursos renováveis abundantes e diversos que podem atender a uma demanda eficientizada, sem desperdicios e com geração descentralizada, além da complementariedade entre as diversas fontes energéticas.
A Alemanha foi à primeira nação industrializada a ter um plano para abolir a energia nuclear do seu território. A data para por fim a esta era de insegurança foi 29 de maio de 2011, por decisão da coalização de governo da chanceler Ângela Merkel. Até 2022 não haverá mais reatores nucleares naquele país emblemático, particularmente para o Brasil, que assinou em 1975 um acordo de cooperação técnico científico econômico com aquele país. Juntas, as 17 usinas existentes em solo alemão que produziam 1/4 da energia alemã serão desativadas até 2022.
A tomada de decisão do governo alemão de deixar de usar a energia nuclear mostra que basta visão e vontade política para livrar um país desta fonte de energia indesejável, pelo perigo que representa; suja pelos resíduos que produz, e cara, implicando em tarifas mais onerosas para o consumidor.
Enquanto a Alemanha vira a página do nuclear, técnicos e políticos brasileiros duvidavam que este país pudesse "sobreviver" sem a nucleoeletricidade. Os mais exaltados alegavam até que o desligamento progressivo das usinas nucleares forçaria o país a usar combustíveis fósseis, contribuindo assim para o aquecimento global. Mais uma vez estes "experts" (?) em energia mostraram o quanto estavam errados.
Passado pouco mais de um ano da decisão histórica, no dia 1 de agosto de 2012 a Associação Nacional de Energia e Água (BDEW) anunciou que 25% de toda energia consumida pela Alemanha no primeiro semestre de 2012 foi gerada a partir de fontes renováveis, e que todas estas fontes registraram crescimento no período comparado a 2011, quando representavam 17% do consumo energético total.
O setor eólico forneceu 9,2% de toda energia demandada pela Alemanha, respondendo pela maior contribuição das renováveis. A biomassa representou 5,7% da demanda. E o setor fotovoltaico 5,4%. Sendo este o que mais cresceu, 47%, aumentando sua geração do 1º semestre de 2011 para igual período em 2012.
O recado parece dado para o Brasil e para o mundo. As fontes renováveis podem e devem substituir os combustíveis fósseis, além da indesejável energia nuclear.
Setembro de 2012 ficará marcado na história pelos anúncios feitos pelos governos japonês e francês, a respeito da decisão de se afastarem da energia nuclear, responsável pelos piores pesadelos da humanidade. Esta tomada de posição tem um significado especial, visto que estes países, até então defensores desta fonte energética, têm em suas matrizes a maior participação mundial da nucleoeletricidade. Depois da histórica decisão do governo alemão em abandonar em definitivo a energia nuclear, agora foram os governos do Japão e da França que reverão os planos relativos ao uso do nuclear.
O Japão anunciou que irá abrir mão da energia nuclear ao longo das próximas três décadas. Esta decisão, tomada após um encontro ministerial (14/09/2012), indica o abandono de tal fonte energética na "década de 2030". O plano japonês apresentado é semelhante ao da Alemanha. Sem dúvida para o Japão, a tarefa é mais complexa visto que 1/3 da eletricidade gerada no país é proveniente dos 50 reatores instalados em seu território.
Ainda sobre a decisão do governo japonês existem críticas por não ter sido especificado, quando exatamente a meta seria alcançada, já que a decisão agora tomada não seria obrigatória para governos futuros. O que significa em princípio, que uma nova administração poderia reverter os planos, como tem tentado o atual primeiro ministro. Todavia, dificilmente esta mudança de rumo ocorreria pelo alto engajamento e conscientização dos japoneses/sas, demonstrada em recente pesquisa de opinião, onde mais da metade da população se diz favorável ao fim do uso do nuclear no país.
Também houve críticas sobre o porquê deste calendário ser tão dilatado, já que o país chegou a desligar 48 dos reatores depois do desastre de Fukushima, e poderia, com o aumento da participação das fontes renováveis e com um ambicioso programa de eficientização energética, atingir a meta num prazo menor. Todavia, mesmo com estas ressalvas, a decisão anunciada aponta para um novo rumo na questão energética japonesa e mundial.
Já na França, a conferência realizada em Paris 14 e 15/09/2012 sobre questões ambientais, o presidente François Hollande, cumprindo promessa de campanha, declarou que está engajado na transição energética, baseada em dois princípios: eficiência e fontes renováveis; e que planeja reduzir a dependência do país da energia nuclear, hoje correspondendo a 75% da matriz energética, para 50% até 2025.
Sem ter metas conclusivas para o abandono definitivo da energia nuclear no seu território, sem dúvida a decisão do governo francês é histórica e extremamente positiva, visto que até então, discutir a questão nuclear na França era tabu.
Para aqueles defensores desta tecnologia que sempre mencionavam o estado francês como referência de uma experiência exitosa na área nuclear, fica aí uma derrota de grandes proporções. Sem dúvida, a França rever sua posição, mesmo diante das dificuldades, da complexidade do problema e das contradições existentes, é indispensável para um mundo de amanhã sem nuclear.
Somados a Áustria, Bélgica, Suíça, Itália (decisão plebiscitária, onde mais de 90% da população votou contrário à instalação de novos reatores nucleares em seu território) que reviram os planos de instalação de novas usinas, e decidiram se distanciar da energia nuclear; agora a Alemanha, o Japão e a França tomaram decisões semelhantes.
Diante deste contexto internacional fica aqui uma pergunta que não quer calar: por que então o governo brasileiro insiste em planejar a construção de usinas nucleares?
O Plano Nacional de Energia 2030 - PNE 2030 (Estratégia para a Expansão da Oferta), propõe a construção de mais quatro usinas nucleares até 2030. Duas das novas unidades nucleares com potência de 1,3 mil MW cada poderão ser construídas na região Nordeste e as outras duas no Sudeste (também com 1,3 mil MW cada), além de Angra 3.
Paralisadas há 20 anos, as obras da usina nuclear de Angra 3 (1.300 MW), foi retomada em julho/2008, e estima-se para 2015 a entrada em operação da terceira usina termonuclear brasileira, com investimentos da ordem de R$ 7 bilhões.
O Brasil não tem necessidade de construir mais usinas nucleares para atingir a meta de aumentar a oferta de energia elétrica. Estas decisões referentes à construção de usinas de geração de eletricidade têm sido apresentadas diante de um suposto aumento dos riscos de déficit de energia, alimentados pela síndrome do apagão.
Idêntica justificativa da necessidade de energia foi utilizada pelo regime militar quando da assinatura do acordo nuclear Brasil e Alemanha que previa a construção de 8 usinas nucleares. Acabou com a construção de somente uma, Angra II.
Fonte de energia elétrica ambientalmente incorreta por causa dos riscos de acidentes e pela produção de resíduos radioativos, o uso da nucleoeletricidade pelo Brasil é estrategicamente incorreto, e deveria ser definitivamente descartado. Parece-me mais inteligente buscar formas de aumentar a eficiência e a conservação de energia, e de encontrar na diversidade das fontes renováveis as múltiplas saídas para os problemas energéticos do país.
Neste contexto, me oponho a lamentável e solitária decisão do governo federal que anunciou em 2010, a expansão de instalações nucleares no país, com a construção de Angra 3, e de mais quatro usinas termonucleares até 2030: duas no Nordeste e duas no Sudeste, ainda sem locais definidos. Ou seja, relançou o Programa Nuclear Brasileiro para produção de eletricidade nuclear sem nenhuma discussão com a sociedade brasileira, com exceção dos 12 membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que tomaram esta triste decisão contrária aos interesses da nação.
De lá para cá, temos constatado que esta diretriz não mudou, apesar dos acontecimentos dramáticos proporcionado pelo vazamento de material radioativo nas Usinas do Complexo de Fukushima Daichii no Japão. Este episódio, sem duvida, foi um marco no sentido de tornar público uma discussão que extrapola simplesmente a questão técnica, da oportunidade e necessidade de energia, das vantagens e desvantagens, das alternativas disponíveis.
A partir daí o debate ganhou as ruas de todo mundo. Em várias partes houve contestação aos governos, que decidiram por esta opção energética. Manifestações ganharam as ruas em diversos paises, e uma discussão até então restrita aos técnicos, políticos se popularizou trazendo a tona um tema muito caro às pessoas, que é a manutenção da vida em nosso planeta. No Brasil ainda se tem pouquíssima consciência da extrema gravidade da questão da energia nuclear e da urgência em enfrentar os problemas que ela nos coloca.
Mesmo não havendo provas definitivas de que o nosso país esteja construindo armas nucleares, eventos e pronunciamentos em passado recente levam-nos a crer que o Brasil "recomeçou a flertar" com a idéia de produzir uma bomba atômica, após tentativas anteriores mal sucedidas durante o regime militar.
Nos últimos anos diversas autoridades, como o ex vice-presidente da República José Alencar e o ex-ministro de Ciências e Tecnologia, Roberto Amaral, declararam a necessidade do país dispor de armamento nuclear para defesa preventiva e de suas riquezas, como fator de dissuasão e para impor mais respeitabilidade. Também o documento sobre a Estratégia Nacional de Defesa lançada em 2008, afirma a "Independência nacional, alcançada pela capacitação tecnológica autônoma, inclusive nos estratégicos setores espacial, cibernético e nuclear. Não é independente quem não tem o domínio das tecnologias sensíveis, tanto para a defesa como para o desenvolvimento". Embora a Constituição diga que toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos, o assunto está longe de ser considerado um tabu.
A ressurreição do Programa Nuclear Brasileiro é mais um dos indícios da estratégia governamental de tornar o Brasil uma potência atômica. O dinheiro empregado no programa, para a construção e funcionamento de novas usinas nucleoelétricas, permitirá a lubrificação de todas as suas engrenagens. A cada usina que construímos aumentaremos o volume de urânio que produzimos, aumentando assim o saldo com que se esperam entrar definitivamente como sócios no Clube Atômico, e para tal é necessário ter a bomba atômica.

Abrir mão da energia nuclear significa um importante passo para evitar o perigo de uma nova onda de proliferação nuclear, dada a natureza dual da energia nuclear, que se presta tanto para aplicações pacíficas como militares, sem falar dos problemas físicos de segurança nuclear. Não devemos nos esquecer do que afirmou o físico Robert Oppenheimer, responsável pela construção da primeira bomba atômica, quando visitou o Brasil, em 1953: "Quem disser que existe uma energia atômica para a paz e outra para a guerra, está mentindo".
O Brasil pela exuberância e diversidade de fontes energéticas renováveis disponíveis em seu território, não precisa da energia nuclear para atender a demanda de energia elétrica, e assim, pode adotar opções mais atraentes do ponto de vista econômico, social e ambiental.
O Brasil é bem ensolarado, possui muita água, fortes ventos e grandes áreas agrícolas para a produção da biomassa, podendo utilizar tudo isso para seu desenvolvimento e assim melhorar a qualidade de vida de sua população respeitando o meio ambiente. Então, que país é este que opta pela energia nuclear, combustíveis fósseis e mega hidrelétricas na região Amazônica?
A insistência em manter esta política energética, tem a cada dia surpreendido. Informações veiculadas na mídia dão conta de que os responsáveis pelo Programa Nuclear Brasileiro estão em entendimento com a Caixa Econômica Federal para que esta conceda, à empresa encarregada da construção de Angra III. Um empréstimo que permitirá completar essa construção, uma vez que até agora a solicitação feita no mesmo sentido junto a bancos europeus não obteve resposta.
Segundo o que chegou ao nosso conhecimento, a demora dos bancos europeus para atender a esse pedido de financiamento seria devida a insuficiências nas informações apresentadas pelas autoridades brasileiras quanto às condições de segurança de Angra 3. Como estas condições se tornaram mais exigentes após o acidente nuclear dm Fukushima, esses bancos e a Agência alemã Euler Hermes, que daria o seguro ao empréstimo, teriam solicitado mais informações.
É do conhecimento geral que há riscos específicos em Angra, ligados ao histórico de deslizamentos de terra na região, e que as condições de evacuação da população em caso de acidente são extremamente precárias. Por outro lado, a informação difundida é de que a evacuação abrange um raio de somente 5 quilômetros em torno das usinas, quando a 15 km delas se situa a cidade de Angra dos Reis, com mais de 170.000 habitantes. Não devemos esquecer o raio adotado em Fukushima foi de 30 km. Lembro aqui a nota pública do PV intitulada "Chuvas em Angra e os riscos da energia nuclear", após a visita do Dep. Sarney Filho aquela região, em março último.
Além de num acidente as nuvens radioativas que se formam, se espalham ao sabor do vento, como ocorreu em Chernobyl, atingindo todos os países da Europa. No caso do Complexo de Angra, elas atingiriam facilmente São Paulo (220 km), Rio de Janeiro (130 km)e até belo Horizonte (350 km).
Se não existem informações clara e precisas sobre a adoção de normas mais exigentes na construção de Angra 3, assim como os relativos ao problema da insuficiência do plano de evacuação de Angra e dos riscos de deslizes de terra na região, não seria de estranhar que as autoridades brasileiras não tenham podido responder adequadamente à solicitação de informações dos bancos europeus e da companhia de seguros Hermes.
Mas o que nos preocupa é que a Caixa Econômica Federal possa se dispor a substituir bancos que não estão querendo financiar um determinado empreendimento porque este estaria contrariando normas de segurança internacionais. Seria a nosso ver algo extremamente grave, desde um ponto de vista de responsabilidade social de uma empresa do governo, o que não escapará da atenção dos cidadãos brasileiros, se tais dados forem confirmados e difundidos.
Urgentemente a sociedade brasileira precisa de respostas sobre esta grave informação.
Por outro lado às entidades e organizações que lutam por um Brasil livre das usinas nucleares, obtiveram recentemente um novo aliado. A Conferencia Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) realizada em Aparecida de 10 a 19 de abril de 2013, após ouvir e discutir uma comunicação sobre a Questão Nuclear no Brasil e no Mundo, decidiu por unanimidade, pelo voto, abrir e aprofundar dentro da Igreja a discussão sobre o tema da produção de energia elétrica por Usinas Nucleares no Brasil, numa perspectiva pastoral de defesa da vida, e estimular a ampliação desse debate em toda a sociedade, numa perspectiva de transparência e informação dos cidadãos.
Chamo a atenção para o fato dessa decisão ter sido tomada pelo voto, sem nenhum abstenção nem voto contrario.
Portanto para terminar afirmo que a energia nuclear está longe de ser uma boa alternativa para diversificar a matriz energética brasileira. Não é segura, não é ambientalmente viável e não traz benefícios econômicos. Portanto senhoras e senhores, não se conformem com a ameaça que representa a instalação de usinas nucleares em nosso país. Vamos agir enquanto é tempo.
Com esta reflexão, encerro aqui esta minha intervenção e fico a disposição para o debate agradecendo mais uma vez o convite. Meu muito obrigado.
* Heitor Scalambrini Costa é professor da Universidade Federal de Pernambuco.
Fonte: Heitor Scalambrini Costa / Revista Missões

França vive uma contrarrevolução conservadora

Eduardo Febbro
Vincent Autin e Bruno Boileau entraram para a história com um beijo e um dispositivo policial digno de uma cúpula de chefes de Estado. Cem policiais e um esquadrão da Polícia na reserva custodiaram o primeiro casamento celebrado na França entre duas pessoas do mesmo sexo. "Por militância e por amor", Vincent Autin, 40 anos, e Bruno Boileau, 30, disseram "sim" na prefeitura de Montpellier em meio a um clima de homofobia agressivo. A cerimônia teve que ser atrasada por conta de uma ameaça de bomba e antes do casamento iniciar os opositores à lei que, há dez dias, legalizou o matrimônio gay, lançaram foguetes contra o prédio da prefeitura.
Após serem dispersados pelas bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia, nada puderam fazer contra a história que se concretizava naquele momento: apesar das massivas manifestações contra essa lei que também abre a possibilidade da adoção de crianças por casais do mesmo sexo, o casamento foi celebrado ao som da música escolhida pelo casal, "Love", de Nat King Cole. "É um grande dia para o país e para a República", disse Hélène Mandroux, a prefeita que comandou a cerimônia. Ela acrescentou: "a história de vocês se encontra hoje com a de um país inteiro, com a de uma sociedade que progride, que luta contra todas as discriminações".
Após meses de uma autêntica batalha campal durante a qual os adversários da lei sobre o "casamento para todos" nunca baixaram os braços, Vincent Autin e Bruno Boileau se uniram sob a proteção de um dispositivo legal que suscita reações inimagináveis na França: homofobia e violência. O caso mais emblemático é o do casal formado pelo holandês Wilfred de Brujin e seu companheiro Olivier. Em abril passado, Brujin foi selvagemente desfigurado a golpes (sete fraturas nos ossos da face) quando caminhava por Paris com Olivier.
Há uns dez dias, Dominique Venner, um influente ensaísta e militante da extrema-direita, se suicidou na catedral de Nôtre Dame. Nos textos que deixou, evocava seu rechaço a uma lei que julgava "infame" e também sua hostilidade à imigração de origem africana e magrebina. "Hoje caminhamos na direção da igualdade, mas ainda há um caminho a percorrer", disse Vincent Autin. Apesar do ativismo agressivo dos opositores da lei há na França uma maioria silenciosa de 65% que está a favor. Vincent Autin é um ativista gay e militante socialista que luta há muitos anos pelos direitos dos homossexuais.
No entanto, o desenlace feliz desse casamento que faz da França o 14º país do mundo a autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é suficiente para ocultar a existência de uma poderosa contrarrevolução conservadora cujo alvo é o conjunto dos valores herdados pelas jornadas revolucionárias de maio de 1968.
Divididos em vários grupos compostos por católicos integristas, conservadores radicais, neo nazis, membros da extrema-direita francesa, descontentes com o socialismo no pdoer e defensores da família, os opositores à lei conseguiram colocar na rua centenas de milhares de pessoas : seu alvo central não é só a lei em si, mas sim, sobretudo, os valores que inundaram a sociedade francesa desde os anos 68. Com uma direção ideologicamente contrária, mas com os mesmos métodos, os adversários do casamento gay tentam inpugnar a herança de valores e costumes derivada dos protestos estudantis de maio de 68.
Para eles, a legalização do casamento entre pessoas de um mesmo sexo é o degrau mais inaceitável do que consideram uma « cadeia de permissividade « que há 45 anos o maio francês difundiu na sociedade.
Com o argumento imediato da lei, mas com maio de 68 como modelo a destruir, conseguiram assentar um movimento que já apresentou alguns picos violentos com espantosas agressões a homossexuais, destruição de locais gay, hostilização de deputados que defendem a lei e ocupações não menos violentas de ruas e avenidas. No dia 26 de maio, o Bloco Identitário, um dos grupúsculos da extrema direita que compõe o arco XH, ou seja, xenófobos e homófobos, chegou a ocupar a sede do Partido Socialista francês e desfraldar uma bandeira pedindo a renúncia do presidente socialista François Hollande.
Como em outras ocasiões, os anti-matrimônio igualitário reuniram em Paris entre 150 mil e um milhão de pessoas. A disparidade das cifras depende de quem as enuncia : a polícia ou as organizações convocadoras.
Há, hoje, uma contra-revolução conservadora. Guillaume Peltier, vice-presidente do partido conservador UMP (fundado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy) não duvida em prognosticar : « 45 anos depois assistimos a um maio de 68 de direita ». A primeira coisa que ressalta é a metodologia da ação. Os integristas copiam o estilo dos slogans de 68, invertendo o seu sentido.
Ocupação de lugares de forma esporádica, cartazes com tipografia, desenhos ou humor similares, frases parecidas mas envoltas com outro sentido mostram como a revolução marrom se apodera dos símbolos para reatualizá-los com sua mensagem. Fizeram o mesmo com o enunciado central da lei, que se chama « casamento para todos ». O principal grupo de oposição ao textos se autodenominou « A manifestação para todos » (« La Manif pour tous »). A ofensiva é um espelho ao contrário.
Alain Scada, presidente do instituto Civitas, diz : « o ato homossexual é um pecado, o casamento homossexual é uma paródia ». Civitas é uma associação católica fundamentalista, de extrema-direita, próxima da Fraternidade Sacerdotal de Pio XI. Também é um dos núcleos mais duros e protagonista de açõies na rua como as missas celebradas na porta da Assembleia Nacional. Com o passar dos meses, muitos dos movimentos em torno do qual se plasmou a armadura desta contra-revolução foram se radicalizando e ampliando suas ambições. Assim surgiu o ramo mais radical, « A primavera francesa ». A portavoz desta mistura de tudo o que há de extremo, Béatriz Bourges, reconhece « nós estamos mais a favor de ações transgressivas ». Estes reacionários contemporâneos imitam rigorosamente os comunicados dos grupos ou líderes revolucionários.
Che Guevara esfregaria os olhos se lesse frases como « até a vitória » ou « ao combate » emitidas por um movimento ultra-reacionário. Mas é assim. A radicalização e as ameaças proferidas por este grupelho é tal que o ministro francês do Interior, Manuel Vals, quer proibi-lo. As manifestações com balões coloridos, máscaras engraçadas e roupa extravagante perderam espaço para a violência. A barreira do tolerável começou a ser ultrapassada a tal ponto que um deputado da direitista UMP, Hervé Maritón, advertiu : « a partir de certo momento, a intensidade das reivindicações pode atropelar as regras do jogo democrático e nossa capacidade de conter o debate » .
Debate, de fato, já não há mais. A lei promovida pela ministra da Justiça, Christiane Taubira, já entrou em vigor e seus adversários prosseguem a guerra social e sem limites. Dias atrás apareceu uma conta no twitter que se chama « um mundosemgays » e cuja leitura é um assento de primeira classe com vista para a selva do ódio e da homofobia. O casamento gay é o objeto visível de um questionamento mais profundo e de um ataque frontal contra maio de 68 já iniciado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy há seis anos. Em abril de 2007, antes de ser eleito presidente, Sarkozy denunciou o « relativismo intelectual e moral de maio de 68 ». Em seguida, acrescentou que era preciso « liquidar » essa herança. Os extremistas de hoje traçaram esse caminho como sua primavera marrom.
Respaldada pela igreja e pelos padres que fomentam a revolta, o ramo radical adversário do casamento gay propõe-se a fazer o mesmo, mas ao contrário. A historiadora Ludivine Bantigny disse a respeito : « hoje, aqueles que tentam reiterar a ocupação da Sorbone (Universidade de Paris ocupada em maio de 68) recuperam o simbólico, mas rechaçam a origem política ». Para eles, maio de 68 significa relativismo, hedonimso, super consumo, niilismo, perversão da família e, acima de tudo, o fim da civilização ocidental, ou seja, o término da dominação cultural ‘branca e o começo de sociedades contaminadas pela diversidade ». Daí sua ojeriza pelas sociedades multiculturais e seus direitos ampliados. « Cepa original », « sangue puro », « tradição », « origens étnicas » e « família » são as palavras centrais do vocabulário desta revolta.
« Quando a civilização está em perigo, temos direito a nos defender », alega a portavoz da Primavera francesa. Copia da esquerda de outras épocas, os anti de hoje se proclamam como os autênticos « anticonformistas » da época. A líder do movimento « A manifestação para todos », Frigide Barjot postulou a ambição global dos protestos : « invertemos o libertarismo de 1968 para dizer não ao ultraliberalismo aplicado aos seres humanos. A mesma Frigide Barjot sofreu as consequencias da contra-reação. Ela, que liderou o protesto, teve que retirar-se no último momento pelas ameaças de morte que recebeu por ter defendido uma opção mais suave da união entre gays.
Maio de 68 está em todos os lábios como entidade referente que é preciso, ao mesmo tempo, imitar, citar e destruir. O coquetel final é o que o historiador das ideias François Cusset chama de « anti-progressismo ». Não se trata de uma metáfora passageira, mas sim de um fenômeno que emana desde o coração da sociedade de onde surgiram os valores sociais mais progresistas. O mesmo historiador constata que o êxito do movimenro reacionário não é em nada alheio ao abandono da rua por parte da esquerda e a atitude global de uma esquerda no governo « mais preocupada com a austeridade orçamentária e o rigor da segurança que a mais liberal das direitas ».
O filósofo e sociólogo Jean-Pierre Le Goff também aponta para a responsabilidade da esquerda neste processo, ainda mais que, argumenta, adormecida nos louros de sua suposta propriedade do maio de 68, « a esquerda não se dá conta de que exaspera uma parte de seu próprio eleitorado e a população ».
A história deu um giro espetacular. Um cartaz colado na Place des Invalides dizia : « nós somos a juventude insubmissa ». A insubmissão, de fato, mudou de avenida : passou ao campo da direita com a reivindicação do retorno a uma sociedade estratificada enquanto que a esquerda caviar desfruta das novas tecnologias, dos lugares de moda, da esfera bem pensante que garante estar na linha correta. Mas abandonou o território da insubordinação e do movimento, deixando-o para outra juventude. Os anti-matrimônio gay não derrotaram o histórico maio francês, mas conseguiram provocar uma fissura.
A filósofa e historiadora das ideias Chantal Delsol afirmou em um artigo publicado no Le Monde que « esta corrente é portadora de futuro ». Talvez porque neça não haja unicamente fascistas ou católicos fundamentalistas, mas também muita gente vinda de horizontes mais neutros que encontraram neste movimento um canal para expressar o repúdio ao poder atual, a desilusão que suscitou e e à parcela corrupta da sociedade contemporânea. As queixas se concentram principalmente no Executivo e nos jornalistas, acusados de servir os interesses do poder.
Um mundo ao revés. As cenas vistas neste 26 de maio em Paris ofereciam a mesma sucessão de imagens que as manifestações convocadas outrora pela esquerda contra o liberalismo : vidros quebrados, colunas de fumaça, milhares de policiais mobilizados, gás lacrimogêneo, enfrentamentos duros coma s forças da ordem. Só mudaram os protagonistas : já não são operários, sindicalistas, indignados ou militantes de movimentos progressistas e alternativos. Eram as forças da reação que fizeram tremr as ruas do maio francês do século XXI.
Fonte: www.cartamaior.com.br

O esquema Globo de publicidade

Patrícia Benvenuti
Mais de 16 milhões de comerciais por ano e um relacionamento com 6 mil agências. Esse é um resumo do desempenho da Rede Globo junto ao mercado publicitário brasileiro, orgulhosamente exibido na página de internet da emissora.
Líder na arrecadação de verbas publicitárias entre todos os meios de comunicação, a Globo também mostra sua força em cifrões. Somente em 2012, os canais de TV (abertos e por assinatura) das Organizações Globo arrecadaram R$ 20,8 bilhões de reais em anúncios, segundo informe divulgado pela corporação.
Por trás dos números, porém, se esconde uma prática que os grandes grupos de mídia preferem ocultar: o pagamento das Bonificações por Volume (BV), apontado por especialistas como um dos responsáveis pelo monopólio da mídia no país.
Monopólio
Desconhecidas pela grande maioria da população, as Bonificações por Volume são comissões repassadas pelos veículos de comunicação às agências de publicidade, que variam conforme o volume de propaganda negociado entre eles.
A prática existe no Brasil desde o início da década de 1960. Criada pela Rede Globo, seu objetivo seria oferecer um "incentivo" para o aperfeiçoamento das agências. Com o tempo, outros veículos aderiram ao mecanismo, que hoje é utilizado por todos os conglomerados midiáticos no Brasil.
O pagamento dos bônus, no entanto, é alvo de críticas de militantes do direito à comunicação, que argumentam que a prática impede a concorrência entre os meios de comunicação na busca por anunciantes. Isso porque, quanto mais clientes a agência direcionar a um mesmo veículo, maior será o seu faturamento em BVs.
Para o professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Venício Artur de Lima, a prática fortalece os grandes grupos, já que leva anunciantes aos meios que recebem publicidade. "Exatamente por terem um volume alto de publicidade é que eles [meios] podem oferecer vantagens de preço", explica.
O resultado desse processo, segundo o professor, é a dificuldade de sobrevivência dos veículos de menor capacidade econômica, que não têm recursos para as bonificações. "Você compara um blog ou um portal pequeno com um portal da UOL, por exemplo. Não tem jeito de comparar, são coisas desiguais", afirma.
Antes restrita às mídias tradicionais, as bonificações vão ganhando novos nichos. De acordo com agências de publicidade e com o presidente do Internet Advertising Bureau (IAB), Rafael Davini, atualmente o Google também utiliza BVs. Segundo informações do mercado, o Google seria hoje o segundo grupo em publicidade no Brasil, ficando apenas atrás da Rede Globo.
Líder em BVs
O exemplo mais forte da relação entre bônus e concentração, para o jornalista e presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, é o caso da televisão. "Todos os canais fazem isso, é uma forma de manter a fidelidade da agência de publicidade com o veículo. Só que, como a Globo é muito poderosa, a propina é muito maior", diz.
De acordo com dados do Projeto Inter-Meios, da publicação Meio & Mensagem, a publicidade destinada à TV aberta em 2012 foi de R$ 19,51 bilhões. Cerca de dois terços desse valor ficaram com a Globo.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) e editor da Revista Fórum, Renato Rovai, outro procedimento adotado pela emissora é o repasse antecipado dos bônus. "A Globo estabelece uma bonificação por volume de publicidade colocada e antecipa o recurso. Aí a empresa fica presa a cumprir esse objetivo. É assim que fazem o processo de concentração", ressalta.
Borges critica ainda o silêncio midiático em torno do assunto. "É um tema-tabu, nenhum veículo fala. Como todo mundo utiliza, ninguém pode reclamar. Fica todo mundo meio cúmplice", dispara.
Regulamentação
Em 2008, as bonificações foram reconhecidas e regulamentadas pelo Conselho Executivo das Normas Padrão (CNPE), entidade criada pelo mercado publicitário para zelar as normas da atividade. O CNPE classifica os bônus como "planos de incentivo" para as agências.
Dois anos depois, as bonificações foram reconhecidas também por lei. Elas estão previstas na Lei nº 12.232, que regulamenta as licitações e contratos para a escolha de agências de publicidade em todas as esferas do poder público. Segundo o texto, "é facultativa a concessão de planos de incentivo por veículo de divulgação e sua aceitação por agência de propaganda, e os frutos deles resultantes constituem, para todos os fins de direito, receita própria da agência".
Para Renato Rovai, a aprovação do texto agravou o problema. "É uma corrupção legalizada. Nenhum lobby é legalizado no Brasil, mas o BV é", critica o presidente da Altercom.
A Lei nº 12.232 também foi objeto de polêmicas durante o julgamento da ação penal 470, no caso que ficou conhecido como "mensalão". Isso porque o texto original da lei permitia que as agências ficassem com o bônus, mas só para contratos futuros. Entretanto, uma mudança feita na Comissão de Trabalho em 2008 estendeu a regra a contratos já finalizados. O fato gerou discordância entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ayres Britto chegou a afirmar que as alterações foram feitas para beneficiar os réus do "mensalão", acusados de peculato referente a desvios de Bvs.
Mudanças
Mudar a legislação, na avaliação do presidente da Altercom, é um passo fundamental para acabar com a prática das bonificações por volume. No entanto, são necessárias mais medidas para reverter o quadro atual da mídia no país. "É preciso mudar a regulamentação e criar um novo marco legal, incluindo as agências", defende Rovai. Uma das propostas para isso é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para as Comunicações. Criado por organizações populares, o PL visa, dentre outros objetivos, combater o monopólio no setor e garantir mais pluralidade nos conteúdos.
Em seu artigo 18, o projeto propõe que "os órgãos reguladores devem monitorar permanentemente a existência de práticas anticompetitivas ou de abuso de poder de mercado em todos os serviços de comunicação social eletrônica", citando "práticas comerciais das emissoras e programadoras com agências e anunciantes". Para se transformar em um projeto de lei, a proposta precisa de um 1,3 milhão de assinaturas.

Fonte: www.brasildefato.com.br

Guiné-Bissau País com maior mortalidade de menores de cinco anos da Lusofonia - UNICEF

Assessoria de Imprensa
A Guiné-Bissau ocupa a 7.ª posição mundial no relatório da UNICEF sobre a Situação Mundial da Infância 2013, quanto à taxa de mortalidade de menores de cinco anos, com 161 crianças por mil nascidas vivas.
No documento, a que a Lusa teve acesso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indica que as estatísticas apresentadas, relativas a 2011, "são as mais recentes sobre sobrevivência, desenvolvimento e protecção da criança para países, áreas e regiões do mundo", em que se "inclui, pela primeira vez, uma tabela sobre desenvolvimento na primeira infância".
De entre os países lusófonos, segue-se Angola, na 8.ª posição, com uma taxa de mortalidade de menores de cinco anos (TMM5) -- que representa, nos termos da definição dos indicadores da UNICEF, "a probabilidade de morrer entre o nascimento e exactamente cinco anos de idade, por mil nascidos vivos" -- de 158 crianças em 2011, contra 243 em 1990.
Moçambique classifica-se no 22.º lugar da lista, utilizada como "principal indicador dos progressos em direcção ao bem-estar da criança", lê-se no documento, com 103 crianças entre cada mil nascidas vivas a terem elevada probabilidade de morrer nos primeiros cinco anos de vida, em 2011, em contraste com as 226 que se encontravam nessa situação em 1990, indica o relatório.
A 28.ª posição da lista pertence a São Tomé e Príncipe, onde, em 2011, 89 crianças em mil enfrentavam esse limite temporal, contra 96 em 1990.
Timor Leste encontra-se no 51.º lugar, com uma TMM5 de 54 crianças em mil, muito menos que a registada em 1990: 180 em mil.
O arquipélago de Cabo Verde classifica-se na 91.ª posição, apresentando uma TMM5 de 21 crianças em mil, contra 58 em 1990.
Na 107.ª posição, está o Brasil, que ocupa o último lugar entre os países lusófonos com a mais baixa taxa de mortalidade de menores de cinco anos, 16 crianças em 2011, contra 58 em 1990.
No relatório, a agência especializada da ONU esclarece que estes dados foram extraídos dos bancos de dados globais da UNICEF e que se baseiam em estimativas do Grupo Interagências das Nações Unidas sobre Mortalidade Infantil (UNICEF, Organização Mundial da Saúde, Divisão de População das Nações Unidas e Banco Mundial).
Segundo o documento, "em 1970, aproximadamente 16,9 milhões de crianças menores de cinco anos morriam a cada ano. Em comparação, em 2011, foi estimado em 6,9 milhões o número de crianças que morreram antes do seu quinto aniversário -- o que coloca em evidência uma queda significativa, no longo prazo, no número global de mortes de menores de cinco anos".
Como instrumento para aferir o bem-estar da criança, a TMM5 apresenta várias vantagens, sublinha a UNICEF, a primeira das quais é o facto de medir "um resultado final do processo de desenvolvimento, e não um 'fator de contribuição' -- como nível de matrículas, disponibilidade de calorias 'per capita' ou o número de médicos por mil habitantes, que representam meios para determinado fim".
Além disso, prossegue, "sabe-se que a TMM5 representa o resultado de uma ampla variedade de fatores de contribuição: por exemplo, antibióticos para tratar pneumonia; mosquiteiros tratados com inseticida para evitar a malária e bem-estar nutricional e conhecimento das mães sobre saúde".
E ainda "nível de imunização e uso da terapia de reidratação oral, disponibilidade de serviços de saúde para a mãe e para a criança, inclusive atendimento pré-natal, disponibilidade de renda e de alimentos na família, disponibilidade de água potável e de saneamento básico, e segurança do ambiente da criança de maneira geral", enumera a organização.
Fonte: www.novasdaguinebissau.blogspot.com.br

Casa de Formação Santo Afonso - Parquelândia


Fotos do prédio em acabamento.
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Padre, adoramos ver o papa caminhando na procissão com a gente

Monsenhor Oscar Peixoto*
FotoAo final da procissão de Corpus Christi, (me disse o Padre Francisco) entreti-me por alguns instantes conversando com um casal de italianos. O assunto era o papa Francisco. Eles me falavam entusiasmados de suas impressões sobre o novo papa. No meio da conversa, a senhora exclamou: "Padre, adoramos ver o papa caminhando na procissão com a gente. Só fico preocupada com a saúde dele. Este papa precisa viver muito. Ele é muito bom!" Depois, continuou: "Eu tenho dois netos, uma garotinha de onze anos e um menino de sete. Antes de ir visita-los na semana passada, perguntei o que queriam que a vovó levasse como lembrancinha. Minha netinha pediu um lenço e sabe o que me pediu meu netinho?! Padre, ele disse que queria o papa de presente!", revelou a senhora, cheia de satisfação.

*Reitor da Igreja São Judas Tadeu

O cuidado pelo meio ambiente

Padre Geovane Saraiva*
Na Semana do Meio Ambiente é importante recordar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ficou conhecida também como Rio+20, realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, na cidade Rio de Janeiro, considerado o maior evento já realizado, cujo objetivo foi discutir a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável.

Vivemos em uma terra, com tudo que ela contém, ainda marcada pelo sofrimento, gemendo com as dores do parto (cf. Rm 8, 22), pela destruição e saque, fruto do capricho, da ação fútil e inconsequente do homem. Daí o desafio de não só pensar e refletir sobre essa triste realidade, mas decididamente em nome de Deus, a descruzar os braços e fazer a nossa parte.

O Papa Francisco na missa inaugural de seu pontificado, aos 19 de março de 2013, disse que o verdadeiro poder de um Papa é o "serviço humilde, concreto e rico de fé" e que "não devemos temer a bondade e a ternura". Também falou sobre a necessidade de "respeitar o meio ambiente em que vivemos e todas as criaturas de Deus. Isso significa proteger as pessoas, e demonstrar que nos importamos com cada um de nós, especialmente as crianças, os velhos, os necessitados, que muitas vezes são os últimos em quem
pensamos".

Hoje, mais do que nunca, temos que reconhecer a forte presença de Deus, na vida existente no planeta, vida muitas vezes não valorizada e mal cuidada, extremamente comprometida. Deus quer abrir a nossa mente e coração diante dos gritos, dores e gemidos da terra, grande casa e mãe, onde se encontram: “rios e mares, antes gigantescos úteros de vida, que vêm sendo esterilizados pela poluição industrial, esgotos, sujeira produzida pelo ser humano. Esquece-se que a água, fonte de vida, transforma-se facilmente em uma das piores fontes de morte, ao transmitir doença. Por ela navegam germes de morte até os confins da terra” (Pe. J. B. Libânio).
Temos o orgulho de possuir, no nosso querido Brasil, a maior floresta tropical e a maior biodiversidade do mundo. Entretanto, toda essa riqueza está ameaçada pela destruição da floresta e de outros ecossistemas, por grandes projetos, pela expansão de monoculturas da soja e da cana de açúcar e pelo crescimento da agroindústria ou agronegócio, de um modo pedratório.

O mundo deveria ser uma casa pródiga, a oferecer a criatura humana, e aos demais seres vivos da terra, todas as condições: crescimento, sobrevivência e plena realização. Um mundo harmonioso, em que todos vivessem de acordo com a vontade do seu Criador e Pai. Para nós que temos fé, a Sagrada Escritura, nos leva a louvar a grandeza e a bondade de Deus, Senhor de um mundo tão rico, vasto e belo. Os livros dos Provérbios e da Sabedoria exaltam grandeza do próprio Deus, presente e oculto nas maravilhas da natureza (cf. Pr 8, 22-31; Sb 13, 1-3). Mas a exploração desenfreada e gananciosa que o homem realiza, nas suas ações, no que diz respeito às madeireiras, mineradoras, fazendas e grandes empresas transnacionais, é de fato para destruir todo esse patrimônio, que é de toda a humanidade, que é desafiada a proteger e conservar.

Sabemos e temos consciência de que a obra de Deus é uma “casa” maravilhosa, cheia de beleza e providência, prodígio divino, que devemos contemplar e louvar. “E Deus viu que tudo que tinha feito era muito bom” (Gn 1,10). Face à gravidade de toda realidade ecológica, na sua crescente devastação, nasce uma indignação ética, tendo sua origem na luta contra a poluição do ar e da água. Urge pensar na criação, com uma nova mentalidade espiritual, que se segure e tenha seu fundamento no Evangelho e na pessoa de Jesus Cristo.

Ao mesmo tempo em que estamos abertos ao diálogo, indo ao encontro do Sagrado, em todas as suas expressões ou confissões que revelam e manifestam o sentido da transcendência, na religiosidade de todas as raças e de todos os povos da terra. Temos consciência que nos dias de hoje, o nosso modo de evangelizar deve ser o do consenso, de que todas as raças, culturas e religiões devem ser respeitadas e valorizadas. Eis que somos chamados a responder esses grandes desafios através da nossa fé no Deus único e verdadeiro.

*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso.

Trailers de comida e construções revitalizadas dão novos ares à Durham

As indústrias de tecidos e de fumo deixaram sua marca em Durham há tempos, mas agora os moinhos históricos de tijolinhos e as fábricas, reformadas, servem de cenário para a Bull City, que ganhou vitalidade renovada. Estúdios de arte e galerias começaram a se multiplicar no centro, onde novas padarias, pizzarias, bares de tapas, caminhões de comida - e trailers e ônibus e até um triciclo - parecem surgir a cada esquina. Já que a Big Tobacco morreu, melhor ficar com a mistura de cultura e comida da nova Durham.

36 horas de Durham, na Carolina do Norte12 fotos

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Durham não pode ser considerada uma cidade universitária, mas sua identidade continua permanentemente ligada à da Universidade Duke. O West Campus é o cenário típico, com gramados bem cuidados e prédios em estilo neogótico à sombra da torre de 64 metros da Capela Duke (na foto) Travi­s Dove/The New York Times

Sexta-feira

15h30 - Passeio pelo campus
Durham não pode ser considerada uma cidade universitária, mas sua identidade continua permanentemente ligada à da Universidade Duke. O West Campus é o cenário típico, com gramados bem cuidados e prédios em estilo neogótico à sombra da torre de 64 metros da Capela Duke. Ali perto fica o Jardim Sarah P. Duke (420 Anderson St.; 919-684-3698;hr.duke.edu/dukegardens), 22 hectares meticulosamente tratados e riquíssimos em flora nativa. Caminhe pelas trilhas que se estendem pelas encostas e lagos plácidos, mas de olho na majestosa garça-azul-grande que reside ali. De lá, siga até o Museu de Arte Nasher (2001 Campus Drive; 919-684-5135; nasher.duke.edu; US$ 5). Instalado num grupo de estruturas modernas e monolíticas, ele abriga uma seleção impressionante de exposições focadas na arte contemporânea e visual, como a mostra atual, "Collecting Matisse and Modern Masters", que vai até 10 de fevereiro.

18h30 - Delícias espanholas
Se quando está com fome você se preocupa com a autenticidade e não com a atmosfera, vá ao Los Comales (2103 North Roxboro St.; 919-220-1614), uma taquería simples onde o cardápio só aparece em espanhol e é muito provável que a TV esteja ligada na ESPN Deportes. Os suculentos tacos al pastor, feitos com tortillas caseiras (US$ 1,75) e as pupusas de queijo e porco (US$ 3) são razões mais que suficientes para ignorar o ambiente simples, assim como as refrescantes águas frescas (experimente a de melão, US$ 1,75) e os tacos de chorizo apimentados (US$ 2) cobertos com salsa verde, coentro e pico de gallo.

21h30 - A todo vapor
Em qualquer noite da semana é possível comprovar o renascimento da Bull City na esquina das Avenidas Rigsbee e Geer. Numa delas fica o Motorco Music Hall (723 Rigsbee Ave.; 919-901-0875; motorcomusic.com), um bar garagem que recebe todo o tipo de espetáculo, de bandas indie a noites de improvisação e lutas femininas; do outro lado da rua fica a ampla Cervejaria Fullsteam (726 Rigsbee Ave.; 919-682-2337; fullsteam.ag), onde as mesas de piquenique ficam lotadas de gente bebericando uma das cervejas da casa. Para acompanhar, pegue uma das diversas guloseimas dos trailers estacionados na porta. Experimente o sanduíche Pigs 'n' Figs (com figo, speck, ou presunto cru, e queijo de cabra, US$ 6) do American Meltdown (americanmeltdown.org; Twitter: AmericanMLTDWN) ou os pãezinhos de carne de porco (US$ 5) do Chirba Chirba Dumpling (chirbachirba.com; Twitter:ChirbaChirba). Encerre a noite com uma saideira no Kotuku Surf Club (703 Rigsbee Avenue; 919-294-9661), bar descontraído inaugurado ali no mesmo quarteirão em dezembro de 2011.

Sábado

10h - Feira no parque
Explore a Farmers' Market (501 Foster St.; 919-667-3099; durhamfarmersmarket.com), feira que acontece no pavilhão do recém reformado Central Park (durhamcentralpark.org) nas manhãs de sábado. De beterraba a carne bovina, tudo que é vendido ali é produzido num raio de 112 km. Para o café da manhã, experimente o pão da Loaf, uma barraca tão popular que se instalou numa padaria ali perto (111 West Parrish St.; 919-797-1254), em 2011 - ou procure a Monuts Donuts (monutsdonuts.com; Twitter: MonutsDonuts), que oferece donuts caseiros sublimes, em sabores sazonais como abóbora chai e maple bacon bourbon.

  • Travi­s Dove/The New York Times
    Clientes esperam seus lanches do trailer de comida do Only Burger em Durham
11h - Cinturão artístico
Depois da feira, dê um pulinho ao lado, na Galeria Upfront, no Bull City Arts Collaborative (401 B1 Foster St.; 919-949-4847; bullcityarts.org), onde as últimas exposições incluem uma coleção de rádios vintage e livros criados pelo estúdio de desenho gráfico e impressão Horse & Buggy Press (horseandbuggypress.com). Prefere explorar o cenário artístico local? Então vá à Golden Belt, uma antiga fábrica têxtil com belos prédios de tijolinhos recentemente convertidos em estúdios de arte, lofts e galerias. Admire as esculturas na Galeria Liberty Arts (923 Franklin St.; 919-260-2931; liberty-arts.org), onde poderá também ver os artistas moldando metal, vidro, madeira ou pedra. A seguir, vá à Galeria LabourLove (807 East Main St.; 919-373-4451; labourlove.com), que abre ao meio-dia e exibe pinturas, fotos e outros projetos de artistas locais.

13h - De quatro rodas para quatro paredes
Uma das tendências mais fortes na cidade é ver os trailers de comida estabelecerem seu sucesso em restaurantes e lanchonetes. A Only Burger (3710 Shannon Road; 919-937-9377; onlyburger.com) foi a pioneira nessa rota, abrindo uma casa, em 2010, que serve os mesmos hambúrgueres suculentos cobertos com tomates verdes fritos e queijo pimento (US$ 6,75) que tornou o trailer famoso. Para a sobremesa, procure outro caminhão que seguiu o mesmo exemplo: o Parlour (theparlourdurham.com; Twitter: parlourdurham), no processo de expandir a clientela do mini ônibus escolar para uma sorveteria de verdade (na 117 Market St.). Os sanduíches de sorvete (US$ 4), feitos com cookies de chocolate macios e sorvete de caramelo caseiro, são do outro mundo.

15h - Grifes locais
Marcas descoladas como A.L.C. dividem espaço com nomes locais na Vert & Vogue (905 West Main St.; 919-251-8537; vertandvogue.com), uma boutique num antigo galpão de fumo reformado. A loja é o melhor lugar para comprar camisas masculinas da grife própria, jeans skinny da Raleigh Denim e bolsas de couro da Mill & Bird, feitas à mão por um artesão local.

18h - Sabores do sul
Se pedaços de frango frito sobre waffles fofinho não fosse o bastante, no Dame's Chicken & Waffles (317 West Main St.; 919-682-9235; dameschickenwaffles.com) todos os pratos vêm com um "shmear" de manteiga temperada e um acompanhamento. Peça o Quilted Buttercup (frango frito, waffles de batata doce e shmear de bordo e pecã; US$ 10,75) e não deixe de provar o delicioso Triple Mac and Cheese. Como digestivo (você vai precisar), vá ao Whiskey (347 West Main St.; 919-682-6191; whiskeydurham.com), no fim do quarteirão, um lounge enfumaçado com cara de salloon que abriu em 2009. Afunde numa das poltronas de couro, peça um bourbon e, se bater a vontade, experimente um dos charutos House Stick da Bull City Cigars (US$ 15).

20h30 - Uma noite do teatro
O calendário cultural de Durham ficou ainda mais agitado desde a inauguração, em 2008, do Durham Performing Arts Center (123 Vivian St.; 919-688-3722; dpacnc.com), que custou US$ 44 milhões e tem capacidade para 2.70 pessoas. Na bela estrutura de vidro você pode apreciar um show da Broadway ou um espetáculo de nomes como Smokey Robinson, Diana Krall e B. B. King. Para produções mais intimistas, aposte no Manbites Dog Theater (703 Foster St.; 919-682-4974; manbitesdogtheater.org) ou vá ao histórico Carolina Theater (309 West Morgan St.; 919-560-3030; carolinatheatre.org) para ver clássicos como "King Kong" ou um documentário sobre Harry Belafonte.

  • Travi­s Dove/The New York Times
    O calendário cultural de Durham ficou ainda mais agitado desde a inauguração, em 2008, do Durham Performing Arts Center

Domingo

11h - Um brunch bávaro
No sul da Alemanha, o Guglhupf é um tipo de bolo com furo no meio; no sul de Durham, Guglhupf é o nome de uma confeitaria aconchegante (2706 Durham-Chapel Hill Boulevard; 919-401-2600; guglhupf.com) que no brunch serve pratos que incluem desde müsli e sanduíches grelhados de Nutella a sanduíches de bife à milanesa com salada. Experimente o prato de frios e embutidos (US$ 10,50) servido com uma cestinha de pães fresquinhos.

13h - O taco pelo disco
O disc golf, esporte que substitui as bolas e tacos por discos voadores de plástico (Frisbee é uma das marcas), jogados em cestos elevados, ganha cada vez mais popularidade. Um campo bom para iniciantes fica entre as árvores do Cornwallis Road Park (2830 Wade Road; grátis), mas se você já sabe o que são "jump putts" e "anhyzers", experimente o campo de nível profissional, com 22 buracos, no Valley Springs Park (3805 Valley Springs Road; grátis). Escolhendo um ou outro, pode esperar um encontro tranquilo com a natureza e gente solícita pronta para ajudá-lo a encontrar o próximo buraco.

Se você for

O King's Daughters Inn (204 North Buchanan Boulevard; 919-354-7000;thekingsdaughtersinn.com), ao lado do East Campus da Universidade Duke, ocupa um lindo prédio de tijolinhos construído nos anos 20. A antiga casa de repouso para senhoras, que foi reformada e convertida num hotel boutique inaugurado em 2009, tem 17 suítes. Diárias dos quartos duplos a partir de US$ 190.
O Washington Duke Inn & Golf Club (3001 Cameron Boulevard; 919-490-0999;washingtondukeinn.com), situado ao lado do West Campus, é o maior hotel da cidade, com um campo de golfe de 18 buracos e 271 suítes decoradas no estilo rural inglês. Diárias dos quartos duplos a partir de US$ 199.
UOL Viagem