30/09/2014

TSE recebe pedidos para cassar Fidelix

Brasília. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a candidata à presidência da República do PSOL, Luciana Genro, enviaram ontem representações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que o presidenciável Levy Fidelix (PRTB) seja punido por prática de homofobia.
Para a OAB, as declarações de Fidelix no debate da Record de domingo (28), quando disse que é preciso "enfrentar" a minoria homossexual, que deve ser tratada "longe daqui", configuram crimes eleitorais e contra a paz pública, o que é passível de punição com a cassação do registro da candidatura.
A representação do PSOL, que também conta com o apoio do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), diz que Levy "incitou a violência e a discriminação contra a população LGBT por meio de verdadeiro discurso de ódio e ofensa à coletividade LGBT".
'Beijaço'
Após o candidato a deputado federal Tiririca (PR-SP) sair em defesa dos homossexuais, manifestantes da causa LGBT organizam um "beijaço" gay na avenida Paulista. O grupo marcou um encontro para hoje, às 17h, em frente ao vão livre do Museu de Arte de São Paulo(Masp), na região central da capital paulista.
DIÁRIO DO NORDESTE

RACISMO: OAB-CE quer punição contra responsáveis por ofensas

Vencedora de concurso foi alvo de hostilidade na internet por ser cearense; ato é considerado racismo

Miss Brasil
A cearense Melissa Gurgel foi eleita Miss Brasil no último sábado e teve seu sotaque criticado por internautas de várias partes do País
FOTO: LUCAS ISMAEL
Não é de hoje que os nordestinos, em especial os cearenses, são alvos de preconceito. O acesso às redes sociais facilitou a tão almejada liberdade de expressão. Porém, muitas vezes, isso esbarra nos limites legais. O caso mais recente é o que vem acontecendo com a cearense Melissa Gurgel, eleita Miss Brasil no último sábado (27). A Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) enviou, ontem (29), ao Ministério Público Federal (MPF), representação e notícia-crime, a fim de punir os responsáveis pela publicação de mensagens de cunho preconceituoso contra Melissa.
Publicações em redes sociais, como "Miss Ceará é bonita até abrir a boca e vir aquele sotaquezinho sofrível"ou "Lembrem de deixar a TV no mudo quando a Miss Ceará for dar a palestra dela no Miss Brasil do ano que vem" mostraram a desvalorização da cultura cearense, por parte dos internautas de várias regiões do Brasil.
Para o presidente em exercício da OAB-CE, Ricardo Bacelar, que assinou o documento, o tratamento dispensado à Miss Brasil não pode ser admitido, pois o preconceito não é apenas contra ela, mas contra todo o povo cearense. "O nosso sotaque, a nossa forma de ser, a nossa maneira de se comportar são o nosso maior patrimônio cultural. É isso que nos caracteriza como povo. Somos orgulhosos disso", afirma.
O professor de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), Elton Gurgel, afirma que atos preconceituosos e de discriminação surgem, em geral, associados à necessidade de desvalorização do "outro" que não faz parte de um determinado grupo ou segmento social. "Tal necessidade encobre, muitas vezes, situações de insegurança por parte do agressor, que busca afirmar sua 'superioridade', algo muitas vezes questionável, através da 'diminuição' do outro", analisa.
Padrões
Para ele, é importante ressaltar que os padrões estéticos, étnicos e culturais, são, na maior parte dos casos, colocados num plano de hierarquização, no qual o que é mais valorizado corresponde aos padrões encontrados na camada social melhor favorecida economicamente.
"Temos uma junção de fatores que, somados ao individualismo e à incapacidade de desenvolver relações empáticas com o outro, em especial quando este outro difere dele, resvalam para a intolerância e para uma não percepção da conduta preconceituosa como abominável", diz.
O especialista lembra outros tipos de preconceitos, como os episódios de bullying nas escolas, manifestações racistas no esporte e concepções contra segmentos sociais na política.
"O mais estranho é que alguns dos agentes desses preconceitos reivindicam para si o status de defesa da família. Logicamente, não estamos falando da família das pessoas vítimas de preconceitos, mas de famílias, muitas vezes, meramente idealizadas, enclausuradas no desejo de se afirmarem perante outras formas de coexistir e vivenciar as relações de afeto", avalia.
Elton explica que, para as vítimas de preconceitos, os danos podem ser terríveis, com grande sofrimento psíquico, porém, quando a pessoa vítima do preconceito conta com uma rede de assistência; incluindo a família, os amigos e a comunidade, os males podem ser minimizados ou mesmo não existirem. O ato pode acabar sendo uma possibilidade de afirmação de sua condição perante o outro que cometeu o ato, que acaba perdendo força no seu anseio de agredir.
Contudo, hoje, não se aceitam mais ações pejorativas e preconceituosas como algo natural. Surgem, em todo o País, manifestações públicas no sentido contrário. Da mesma forma que ainda há quem denigra a imagem de uma pessoa, há também aquelas que lutam para impedir que ações criminosas aconteçam.
Pena
Bacelar declara que o crime é classificado como racismo e incitação ao racismo, podendo levar à pena de dois a cinco anos de prisão. "Além da função de advocacia, estamos nos posicionando para zelar pelos direitos coletivos e difusos", completa.
Para provar o ato cometido por alguns internautas, Bacelar conta que o órgão reuniu algumas publicações para, então, fazer a denúncia. O documento foi protocolado ontem, e cabe ao MPF apurar, avaliar e decidir que tipo de punição pedirá aos agressores. Depois disso, o Poder Judiciário aplicará pena.
Patrícia Holanda
Especial para Cidade
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DIÁRIO DO NORDESTE

Eleitores não podem ser presos, a partir desta terça-feira; confira o calendário eleitoral

urna-eletronicaA partir desta terça-feira (30) e até 48 horas depois do encerramento da eleição, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda, por desrespeito a salvo-conduto. Desde a semana passada, nenhum candidato político pode ser detido ou preso, salvo em flagrante delito, conforme informa o calendário eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Também é o último dia para que os representantes dos partidos políticos e coligações, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público (MP) interessados formalizem pedido ao Juízo Eleitoral para a verificação das assinaturas digitais, a ser realizada das 48 horas que antecedem o início da votação até o momento anterior à oficialização do sistema transportador nas Zonas Eleitorais.

Já na próxima quinta-feira, dia 30,será o  último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, além de ser o último dia para propaganda política mediante reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8 e as 24 horas. Os candidatos também só tem até a quinta-feira para realizarem debates em rádio e televisão, cuja transmissão se inicie no dia e se estenda até as 7 horas do dia seguinte.
Também será no dia 2, a data limite para os partidos políticos e coligações indicarem, perante os Juízos Eleitorais, o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e delegados que estarão habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação durante o pleito.
No Segundo Turno, o candidato seguir para a segunda etapa, seja para a Presidência da República ou para Governador de Estado não poderá ser preso ou detido a partir de 11 de outubro, salvo em flagrante delito.

O segundo turno da eleição ocorrerá no dia 26 de outubro. A partir de 21 de outubro até 48 horas após o encerramento do pleito em segundo turno, nenhum eleitor pode ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou devido à condenação criminal por crime inafiançável, ou, ainda, por descumprimento a salvo-conduto.
No sábado, dia 4 de outubro, será o último dia para a distribuição de material gráfico e promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens dos candidatos. O uso desse tipo de propaganda só pode ser feito até às 22 horas.
 Diário do Nordeste

Bacharel em Direito promove campanha para financiar tratamento da mãe

A professora Jacqueline de Oliveira Ourives, bacharel em Direito pela Dom Helder Câmara, está em busca de ajuda. Sua mãe, Ângela, é portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença caracterizada pela degeneração dos neurônios motores. Atualmente, ela se encontra internada no Hospital Felício Rocho e não há previsão de alta.

“A ELA é considerada pela literatura médica como a mais devastadora das patologias. Leva à perda da força muscular e dos movimentos, atingindo também funções vitais. No caso de minha mãe, a doença se encontra em estado avançado. Ela está tetraplégica, não consegue engolir – a alimentação é feita por meio de sonda gástrica – ou mesmo respirar sem a ajuda de aparelhos”, conta a professora.

Tendo em vista a gravidade da situação, a presença de cuidadores em tempo integral se torna indispensável. Para arcar com as despesas da enfermeira diurna, Jacqueline conta com a ajuda de familiares. Já os gastos com os plantões noturnos – de R$ 600,00 por semana – são de sua total responsabilidade. “Eu, como sou deficiente visual, não posso ficar sozinha nesta tarefa. Seria temerário, visto que minha não fala (e eu não enxergo). É preciso estar atenta o tempo todo à sua fisionomia, para saber se está tudo bem. Por exemplo, se ela sente falta de ar, fica muito vermelha, sendo necessário aspirar algumas vezes a própria traqueostomia”, explica Jacqueline.

A professora ressalta ainda os gastos com medicamentos, óleos e cremes para evitar escaras (Dersani e Cavilon), pomada para assadura (Bepantol Baby) e lenços umedecidos. “Estou à frente de tudo. Desde controlar essas despesas até conversar com os médicos e tomar as decisões. Realmente a doença é muito triste e os custos são enormes”, aponta.

Campanha

No final do mês de julho, Jacqueline deu início a uma campanha para recolher doações e auxiliar no custeio do tratamento. “Infelizmente a ELA não tem cura. São realizados cuidados paliativos, para garantir o conforto e prolongar-lhe a vida (...). Minha mãe está 
perfeitamente consciente, a doença não afeta a cognição nem os sentidos”, conta.

A professora criou também um perfil no Facebook, no qual parentes e amigos podem acompanhar informações sobre o estado de saúde de Ângela e ver a prestação de contas do dinheiro arrecadado. “Ajudem a manter minha mãezinha viva! Com o apoio de vocês na busca pela ampliação da campanha será possível fortalecer a luta. ‘Um mais um é sempre mais que dois’. Ajudem-me a fazer crescer a legião de anjos! Obrigada de coração”, pede Jacqueline.

Dados 

Os interessados podem entrar em contato com Jacqueline por meio dos telefones (31) 3277-4517 e (31) 8832-0542, pelo e-mail jacqueline.ourives@gmail.com ou pelo perfil no Facebook. Ela divulga também os dados bancários para depósito: 

Caixa Econômica Federal
Agência: 0083
Conta poupança: 39.284-1. 
Nome completo: Jacqueline de Oliveira Ourives

Balde de gelo

O desafio do ‘balde de gelo’, que se tornou ‘febre’ na internet nas últimas semanas, foi criado com a proposta de arrecadar fundos e dar visibilidade para Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Segundo seus organizadores, a campanha já arrecadou mais de US$ 100 milhões. 

Várias personalidades, como o ex-presidente George W. Bush, o atual presidente do governo italiano, Matteo Renzi, o cantor Justin Timberlake e o fundador da Microsoft Bill Gates participaram do jogo.

Também fizeram sua contribuição Mark Zuckerberg, Steven Spielberg, Lady Gaga, Britney Spears, James Franco, Ben Affleck, Lena Dunham, Oprah Winfrey, Robert Downey Jr,Jennifer Lopez, Demi Lovato, Bon Jovi, Shakira, Gerard Piqué, Neymar, Cristiano Ronaldo e Jim Parsons, entre outros.
Redação Dom Total

Aprendendo a ler e a ouvir a Palavra de Deus

Sem a referência constante à Palavra de Deus, perdemos nossa referência religiosa principal.
Quem lê ou escuta, coloca-se diante de Deus.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*

No Brasil, setembro é o mês da Bíblia. Há algumas décadas, este “mês temático” era ocasião para uma intensa animação bíblica nas comunidades: divulgação da Bíblia, cursos introdutórios à sua leitura compreensão, atividades com crianças e jovens para promover o amor à Palavra de Deus...
Tenho a impressão que esse entusiasmo anda em baixa contido atualmente. Será por não se perceber da mesma forma a importância da Bíblia para a Igreja? Em todo caso, não é isso que a Igreja entende. Tivemos em 2008 uma assembléia do Sínodo dos Bispos sobre “a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, depois da qual o papa Bento XVI fez a extraordinária Exortação Apostólica Verbum Domini (“A Palavra do Senhor”). Vale a pena retomá-la e absorver melhor a riqueza de suas orientações.
Em novembro de 2013, o papa Francisco entregou à Igreja a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (“A Alegria do Evangelho”), na qual trata da alegria despertada em nós pelo encontro com Cristo e com Deus, sobretudo através da Sagrada Palavra. Essa alegria leva a partilhar com os outros a experiência realizada.
Sem a referência constante à Palavra de Deus, anunciada, acolhida, crida e vivida como uma experiência pessoal de encontro com Deus na Igreja, perdemos a nossa referência religiosa principal, que é a acolhida do dom de Deus e da salvação em Cristo Jesus; a Igreja precisa evitar sempre a tentação de ser referência última para si mesma: ela é discípula e servidora da Palavra de Deus e testemunha do amor de Deus “derramado em nossos corações”...
Falamos da necessidade de uma boa “iniciação à vida cristã”: penso que tenhamos aqui uma questão fundamental para a iniciação à vida cristã. Nossa fé - e se quisermos, nossa “religião” – tem seu fundamento e sua referência última na Palavra de Deus, e não em nós mesmos, nem em projetos humanos. Nossa fé é resposta à Palavra de Deus, que se manifestou e falou; é resposta a Deus, em última análise.
Daí a importância do primeiro anúncio, ou querigma, bem feito, para se confrontar com essa realidade. Se conseguirmos ajudar as pessoas a se colocarem em atitude de escuta atenta da Palavra de Deus, como sendo o próprio Deus que interpela e fala, então teremos conseguido algo importante. A resposta de fé será também resposta pessoal a um Deus pessoal, e não a uma verdade abstrata.
Após o querigma vem a iniciação à escuta e à acolhida constante da Palavra de Deus. Ninguém nasce conhecendo a Bíblia, nem seus métodos de leitura, nem a fé que a Igreja nutre em relação à Palavra de Deus. Tudo isso precisa ser apreendido com métodos adequados. É preciso haver uma iniciação à leitura bíblica, aos métodos de compreensão e acolhida de Palavra, à resposta que deve ser dada à Palavra.
Isso pode acontecer em qualquer momento e período da vida; mas na comunidade católica é importante que as crianças já sejam iniciadas à escuta e acolhida da Palavra de Deus. Elas aprendem a se colocar diante do “mistério da Palavra” e a se familiarizar com ela; da mesma forma, os adolescentes, jovens e também os adultos, que ainda não foram iniciados nessa prática.
Desnecessário é dizer que não se trata apenas de um exercício intelectual: muito mais que isso, trata-se de uma experiência de encontro pessoal, de uma “mistagogia” e de um exercício de fé orante.
Ao “ler a Palavra”, é preciso ter presente sempre que há um “tu” que fala através dela e da linguagem humana usada. Quem lê ou escuta, coloca-se diante de Deus que fala através da linguagem humana: “fala, Senhor, teu servo escuta”; e aprende a dar sua resposta, não ao leitor ou narrador da Palavra, mas a Deus que fala: Creio, Senhor! Glória a vós, Senhor!
CNBB, 29-09-2014.
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo (SP).

Custos judiciais geram altas em planos de saúde

Segundo advogado, alto volume de condenações judiciais levam operadoras a repassar custos para o consumidor.
Advogado orienta planos a oferecerem contratos claros a clientes.
Nos últimos tempos, os planos de saúde vêm sofrendo com o aumento de sinistros, de custos e, sobretudo, em razão de um alto volume de condenações judiciais. Segundo o advogado Mauro Scheer Luís, do escritório Scheer & Advogados Associados, os principais motivos causadores desses processos são: aumentos tidos como abusivos, cancelamentos de contratos, não cobertura de procedimentos, não atendimento nos prazos estipulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre outros.

“Sabemos que as operadoras de saúde ainda precisam melhorar muito a prestação do serviço, mas também é necessário discutir o fato de que a pressão ocasionada pelos custos judiciais está fazendo com que os novos planos de saúde tenham preços cada vez mais altos”, diz o advogado. Segundo Scheer, isso ocorre porque as operadoras precisam repor de alguma forma as perdas que estão sendo ocasionadas por decisões judiciais.

O especialista cita como exemplo o serviço de “home care”. Este serviço não consta do rol obrigatório da ANS, porém as operadoras vêm perdendo na Justiça praticamente todos os pedidos nesse sentido. O mesmo está ocorrendo com procedimentos e métodos novos, ainda não aprovados pela ANS.

Outro exemplo frequente é a questão de urgência/emergência, para a qual não é fixada carência quando o consumidor adquire um plano de saúde. “Ocorre que muitos juízes vêm entendendo que qualquer problema de saúde pode ser caracterizado como emergência e urgência. É o caso de um paciente que tem um câncer e precisa de tratamento imediato. A doença, em tese, entra como doença pré-existente. Mas, pelo fato do tratamento ter que ser imediato, muitos juízes consideram esses casos como urgência/emergência, embora exista no contrato uma carência legal a ser cumprida”, explica o especialista em direito empresarial.

Justamente por se tratar da saúde da população o tema é muito delicado e complexo. Porém, em alguns casos, um paciente que paga apenas uma mensalidade de R$ 100,00 pode vir a necessitar de um tratamento de urgência/emergência que acarreta num desembolso de R$ 1 milhão por parte da operadora de saúde, dependendo do tratamento realizado. Um caso como este é, sem dúvida, um gerador do encarecimento dos novos planos de saúde.

“Por todas essas razões é fundamental que as operadoras ofereçam contratos cada vez mais claros e minuciosos e, ainda, devem estudar com frequência as principais causas de desembolso por ordem judicial, justamente para fazer frente a esses custos por meio da prevenção”, conclui o advogado, que ainda esclarece que tem conseguido reduzir muito os custos judiciais a partir de prevenção.

Dom Total

Ebola: 3.700 crianças órfãs, diz Unicef

A epidemia se intensificou nas últimas semanas, o número de órfãos pode duplicar até meados de outubro.
Uma das possibilidades é que os que sobreviveram ao vírus fiquem encarregados das crianças.
Pelo menos 3,7 mil crianças da Guiné-Conacri, da Libéria e de Serra Leoa ficaram órfãs, tendo perdido pelo menos um dos seus pais, devido ao vírus ebola, indicam estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgadas hoje (30). O Unicef alertou que, como a epidemia se intensificou nas últimas semanas, o número de órfãos por causa do vírus pode duplicar até meados de outubro.

“Sabemos que os números que temos são apenas a ponta do iceberg”, disse Manuel Fontaine, diretor regional do Unicef para a África Ocidental, em uma videoconferência a partir de Dacar, capital do Senegal. Um dos principais problemas enfrentados por esses menores é o repúdio por parte da família por receio de que possam transmitir a doença.

“Vemos que alguns familiares ou vizinhos lhes dão de comer, mas poucos querem acolhê-los”, disse Fontaine, salientando ser “raríssimo na África que a família não assuma o cuidado das crianças”, o que “mostra o medo que reina”.

Diante da situação, o Unicef está tentando criar centros infantis para acolher os órfãos. Uma das possibilidades é que os que sobreviveram ao vírus fiquem encarregados das crianças. De acordo com os dados divulgados pelo Unicef, dos mais de 3.100 mortos por causa do ebola, 15% eram menores de 15 anos.

As Nações Unidas informaram que de um total de US$ 987 milhões solicitados para a luta contra o ebola, apenas US$ 254 milhões foram recebidos até agora, o que corresponde a 26%. Em seis meses, o ebola infectou 6.553 pessoas, na maior epidemia da doença registrada desde que o vírus foi descoberto em 1976 no antigo Zaire, que é atualmente a República Democrática do Congo.
Agência Brasil

Guarani-Kaiowá denuncia negligência do governo no Comitê dos Direitos Humanos


A voz de um índio Guarani-Kaiowá ecoou na mais alta representação dos Direitos Humanos para denunciar a negligência do governo brasileiro em relação aos povos indígenas. Eliseu Lopes, professor e reconhecida liderança dos Guarani-Kaiowá, termina em Milão a sua passagem pela Europa onde teve a oportunidade de relatar as violências sofridas pelo seu povo na luta pelo reconhecimento do direito dos índios à terra.

“No Brasil já fizemos inúmeras reivindicações dos nossos direitos e denúncias, só que até hoje não recebemos nenhum resultado. Portanto, o socorro que os Guarani-Kaiowá estão pedindo agora se dirige principalmente às autoridades internacionais”, disse Eliseu à RV por telefone, em Milão. 

A resposta da comunidade internacional ao apelo de Eliseu feito durante a 27ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, poderá vir por meio dos tribunais internacionais, afirma o coordenador do CIMI no Mato Grosso do Sul, Flávio Machado: “A iniciativa de promover a denúncia internacional e, agora, uma denúncia formal para que o Estado brasileiro seja demandado em cortes internacionais frente a essa negligência que resulta em morte dos povos indígenas”.

Cultura de preconceito e morte no Brasil

Estimativas das Nações Unidas apontam que as populações indígenas representam mais de 5% da população mundial, aproximadamente 370 milhões. No Brasil, hoje os índios estão reduzidos a 900 mil. Levantamentos da ONG inglesa Survival International detalham esse número: os índios do Brasil estão divididos em 240 tribos das quais provavelmente 77 ainda vivam isoladas. 

A etnia Guarani é dividida em três grupos, que somam cerca de 60 mil indíos. A tribo mais numerosa é a Kaiowá, cujo território ancestral reivindicado encontra-se no estado de Mato Grosso do Sul. O CIMI denuncia ainda a escalada de ódio contra os índios nos últimos dez anos no Mato Grosso do Sul, onde um índio Guarani-Kaiowá é assassinado a cada 12 dias e outro comete suicídio a cada sete dias. 

“Lamentavelmente os acordos políticos e ecônomicos que estão envolvidos – inclusive na eleição atual – não têm os povos indígenas como uma demanda principal a ser resolvida. O que importa são os acordos ecônomicos – o agronegócio – o desenvolvimento. Os índios são entendidos como um empecilho. Isso só se muda com uma política séria de respeito aos direitos que já existem em nossa Constituição e, acima de tudo, com o promover de um procesos educacional que realmente mostre para a nossa sociedade quem são os povos indígenas”, disse o coordenador do CIMI no Mato Grosso do Sul. 
Ativismo internacional
Há mais de 45 anos a ONG inglesa Survival International trabalha ao lado dos povos indígenas do Brasil para o reconhecimento das terras. “A Survival segue com esta campanha que pede ao governo brasileiro a demarcação imediata das terras dos Guarani evitando que mais pessoas morram”, confirma Sarah Shenker, responsável da campanha da ONG em favor dos Guarani-Kaiowá. 

Legislação

O Brasil ratificou e introduziu como lei nacional a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho sobre os direitos fundamentais dos povos indígenas e tribais. Entretanto, passados 25 anos da criação da Convenção e em meio a tantas propostas de emendas constitucionais, o Brasil, ao lado de Suriname, não aplica uma das principais recomendações e continua a ser o único país da América do Sul a não reconhecer o direito dos índios à propriedade da terra. (RB)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/09/30/guarani-kaiow%C3%A1_denuncia_neglig%C3%AAncia_do_governo_no_comit%C3%AA_dos_direitos/bra-828365
do site da Rádio Vaticano 

Em 2014, mais de 3 mil morreram no Mediterrâeo, fugindo da pobreza

Mais de 3 mil migrantes morreram no Mediterrâneo desde janeiro, ou seja, mais do que o dobro do registrado em 2011, auge da Primavera Árabe, quando as vítimas das travessias rumo à Europa foram 1500, nos primeiros nove meses.

Os dados, divulgados segunda-feira, 29, pela Organização Internacional para as Migrações, OIM, demonstram que há pelo menos 20 anos atravessar o Mar Mediterrâneo constitui o trajeto mais perigoso para os migrantes ‘irregulares’. Desde 2000, mais de 22 mil pessoas morreram em naufrágios neste mar.

A maior parte dos migrantes mortos afogados, asfixiados, de fome ou frio, nas portas da Europa, provinham da África setentrional e do Oriente Médio, segundo estatísticas da OIM.

“Mais de 112 mil imigrantes em situação irregular foram detectados pelas autoridades italianas nos primeiros oito meses de 2014, quase três vezes mais do que em todo ano de 2013”, alerta a OIM. Muitos destes imigrantes fogem de conflitos, perseguições e pobreza em seus países natais.

“Há um ano, o mundo assistia com horror à morte de cerca de 360 imigrantes que tentavam nadar até a costa da ilha italiana de Lampedusa. Infelizmente, o horror parece não acabar: até 500 imigrantes morreram ao longo de Malta, algumas semanas antes da publicação deste relatório” - lembrou o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing.

No total, desde 2000, mais de 40 mil migrantes morreram tentando entrar na Europa, Estados Unidos, Austrália e outros países. Há um ano, o aumento do número de mortes é explicado com o incremento das vítimas no Mediterrâneo.

No entanto, estes números são considerados uma estimativa em baixa, dado que a Organização sabe que muitas mortes não são registradas. De fato, os analistas calculam que por cada corpo de um imigrante morto recuperado, há dois que nunca foram encontrados.

(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/09/30/em_2014,_mais_de_3_mil_morreram_no_mediterr%C3%A2eo,_fugindo_da_pobreza/bra-828240
do site da Rádio Vaticano 

Secretário de Estado do Vaticano pede empenho contra terrorismo

Em assembleia da ONU, Cardeal Pietro Parolin fala do perigo dos jihadistas do Estado Islâmico e pede determinação na luta contra o terrorismo
Da redação, com Agência Ecclesia
parolin_onuO secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, apelou à determinação da comunidade internacional na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico, durante a sua intervenção, nesta segunda-feira, 29, na 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
“Com a dramática situação no norte do Iraque e de algumas partes da Síria, vemos um fenômeno totalmente novo: a existência de uma organização terrorista que ameaça todos os Estados, visando dissolvê-los e substituí-los com um governo mundial pseudorreligioso”, disse Dom Parolin.
No texto, divulgado nesta terça-feira, 30, pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o cardeal alerta para o perigo de uma “indiferença” global perante o sofrimento provocado pelo extremismo que atinge grupos étnicos, populações e culturas ancestrais.
Ações unificadas
O cardeal lamentou que a ONU permaneça “passiva” face à violência que vitima “populações indefesas”, repetindo os alertas do Papa pela paz nos territórios ocupados pelo autoproclamado Estado Islâmico.
“Num mundo de comunicações globais, este novo fenômeno encontrou seguidores em numerosos países”, observou o secretário de Estado do Vaticano.
Para o cardeal italiano, diplomata de carreira, este é um “desafio” que deve levar os vários governos a uma “resposta unificada”, através dos mecanismos ao dispor das Nações Unidas para “prevenir a guerra, travar os agressores, proteger as populações e ajudar as vítimas”.
“As novas formas de terrorismo levam a cabo ações militares em larga escala, que não podem ser contidas por um único Estado e que querem de forma explícita fazer guerra contra a comunidade internacional”, sublinhou.
Travar a violência
Seguindo o pensamento do Papa Francisco, a delegação da Santa Sé reafirmou que considera “lícito e urgente” que se “trave a agressão através de ação multilateral e uso proporcionado da força”.
“Como representante de uma comunidade religiosa em todo o mundo, que abraça várias nações, culturas e etnias, a Santa Sé espera sinceramente que a comunidade internacional assuma a responsabilidade de tomar em consideração os melhores meios para travar todas as agressões e evitar a prática de novas e ainda mais graves injustiças”, afirmou o cardeal Parolin.
Noutra passagem do discurso, o secretário de Estado do Vaticano afirmou que a ONU e os Estados-membros têm uma “grave responsabilidade face aos pobres e excluídos”, sustentando que “a justiça social e econômica é uma condição essencial para a paz”.
Canção Nova

Presidência da CNBB encontra-se com o papa Francisco

O papa Francisco recebeu, na manhã desta terça-feira, 30, em audiência no Vaticano,  a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 Antes do encontro, o presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis; o vice-presidente e arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário da Silva; e o secretário-geral e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Ulrich Steiner, participaram da missa diária presidida pelo papa na Casa Santa Marta.
No encontro com Francisco, a Presidência da entidade apresentou ao papa temas relacionados à 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, ocorrida de 30 de abril a 9 de maio deste ano, em Aparecida (SP),  e as atividades de evangelização da Igreja no Brasil.
Últimos encontros
No início deste ano, a Presidência da CNBB esteve com o papa Francisco, no Vaticano, após a realização da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, ocorrida em julho, no Brasil. Na ocasião, foi entregue ao papa um livro de fotografias da Jornada, organizado pelas Edições CNBB, contendo dezenas de testemunhos de jovens, que acolheram a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora, em suas dioceses.
Ainda nesta última visita, foi abordada a questão da missão na Amazônia, considerada por Francisco uma região relevante para o caminho atual e o futuro da Igreja no Brasil e para toda a sociedade. Neste mês, a CNBB e outras entidades deram um passo importante que foi a criação da Rede Eclesial Pan-Amazônica. 
CNBB

Bispo convoca fiéis para assembleia sobre a família

A Sé de Leiria vai acolher uma assembleia dedicada ao tema da família no próximo domingo, 5 de outubro. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, convocou os membros do clero, das ordens religiosas, dos diversos setores pastorais e das comunidades católicas em geral para esta iniciativa.


Em comunicado, o prelado refere que «um evento como este testemunha a união da diocese no amor de Cristo (…) e imprime nos corações de cada um maior sentido de corresponsabilidade na missão comum». Por isso, António Marto pede às pessoas «disponibilidade» para participarem numa iniciativa que está inserida no «biénio pastoral» que a diocese de Leiria-Fátima dedicou em 2013 à família enquanto «comunidade de fé, de amor e de vida».


Neste segundo ano, o foco está colocado na família enquanto «dom» e na «missão» que esta pode exercer «na sociedade e na Igreja, como escola de humanidade, de fé e de cidadania». Para abordar este tema, estará presente na assembleia diocesana a jornalista e autora Laurinda Alves. O encontro na Sé de Leiria está agendado para as 16h00.

Fátima Missionária

Perfil populacional exige novo olhar sobre a velhice no Brasil

Entre 1980 e 2013, a expectativa de vida no Brasil esticou de 62,7 a 73,9 anos, representando o aumento real de 17,9%, conforme foi destacado no Relatório de Desenvolvimento Humano 2014, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A população idosa, segundo dados do IBGE, é estimada em 22,9 milhões de pessoas, o que corresponde a quase 12% da população brasileira. Com a previsão de que esse número triplique nos próximos 20 anos, é necessário um novo olhar sobre a velhice no Brasil. Apesar dos avanços, há fragilidades no tocante a políticas públicas direcionadas aos idosos, bem como a assistência a saúde.
 
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), João Bastos Freire Neto, ainda é preciso se preparar para o envelhecimento populacional em suas diversas esferas – saúde, social, educação, econômica.  “Os números mostram que esta nova realidade do perfil populacional não só bate à porta, mas a escancara. É preciso estabelecer novas diretrizes para atender às demandas da velhice”, avalia Freire Neto.
 
Carta aberta à população
Recentemente a SBGG emitiu Carta Aberta à População Brasileira, na qual traz à reflexão quanto ao cenário atual do envelhecimento e saúde do idoso no país, seus avanços e fragilidades. Confira no site da Sociedade – acesse aqui.
 
Programação Dia do Idoso no Ceará
Em 1º de outubro de 2003 foi assinada a Lei Nº 10.741, mais conhecida como o Estatuto do Idoso, que passou a vigorar em janeiro de 2004. O Estatuto tem o objetivo de regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Para informar o público sobre o Estatuto, e promover prestação de serviços de saúde e emissão de documentos como passe livre, cadastro para vagas prioritárias em estacionamento, entre outros, o Shopping Benfica , em Fortaleza, realiza programação especial gratuita de três dias, começando nesta quarta-feira (1° de outubro). O shopping fica na Av. Carapinima, 2200. Benfica, em Fortaleza.
 
Já o Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia lança a 3ª edição da Campanha Nacional do Dia do Idoso.  O intuito da campanha é orientar a sociedade a adotar atitudes que colaborem para ter um envelhecimento saudável e divulgar a atuação do fonoaudiólogo com a terceira idade. No dia 7 de outubro, das 15h:30m às 19 horas, a Universidade de Fortaleza (Unifor) irá promover uma ação para divulgar a importância da campanha. Fonoaudiólogos vão realizar avaliações audiológicas nos idosos do Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) e Lar Torres de Melo.
 
A campanha tem como tema ‘Ouça a voz da experiência’ e vai reforçar que é uma questão de atitude ter envelhecimento ativo. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis e o acompanhamento de um fonoaudiólogo ao longo da vida propicia bem-estar físico, social e mental. 
 
Com informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), do Shopping Benfica e do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia
 
Boa Notícia

Figuras públicas desafiam a «caminhar pela vida»

FPVO presidente da Cáritas Portuguesa, com outras figuras públicas nacionais, associou-se à caminhada contra o aborto que a Federação Portuguesa pela Vida (FPV) vai realizar no domingo em Lisboa, com o lema “pelo direito a nascer”.
Numa mensagem publicada através da internet, Eugénio Fonseca convida as pessoas a “não ficarem indiferentes” a esta causa e a “juntarem-se” para “defender a vida” e a “promoção da sua dignidade”.
“A vida é um dom que nos foi confiado, não nos pertence mas dá-nos a responsabilidade de o respeitar em todas as suas etapas”, salienta o líder da Cáritas.
A 5.ª edição da “Caminhada pela Vida” está marcada para as 15h00 do próximo sábado e ligará o Largo Camões, no Chiado, ao Largo de São Bento, à Assembleia da República.
O projeto surgiu depois da vitória do Sim no referendo de 2007 sobre a despenalização do aborto, em que a questão principal era: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”.
Para a FPV, “longe de serem solução para qualquer problema”, as leis do aborto em Portugal só criam “mais injustiça, mais violência e mais dor”.
A organização coordenada pela antiga deputada do PSD, Isilda Pegado, espera que a Caminhada pela Vida seja “uma grande ocasião anual de afirmar de forma pública e com impacto a reivindicação do Direito a Nascer e da proteção da instituição familiar, bem como de mostrar a beleza desse ideal”.
Pretende ainda “demonstrar ao poder político o descontentamento de uma grande parte da população em relação às leis que atacam a Vida e a Família” e “consciencializar a sociedade para o drama que vivem milhares de pessoas por causa do aborto e da desagregação das famílias”.
Além do presidente da Cáritas Portuguesa, associaram-se a esta iniciativa figuras públicas como Catarina Martins, dirigente da fundação Ajuda à Igreja que Sofre, a jornalista Laurinda Alves, o nadador Miguel Arrobas, recordista português da travessia do Canal da Mancha e o músico Tiago Cavaco.
Esta quarta-feira, um grupo de jovens voluntários ligados à FPV vai juntar-se no Saldanha, em Lisboa, por volta das 13h00, para mobilizar as pessoas a participarem na caminhada.
Carmo Mendes, uma das coordenadoras desta ação de sensibilização, salienta que “a vida tem mais do que um significado político, ao contrário da mensagem que passou depois da aprovação da lei do aborto, que o Governo usou para ganhar votos”.
A voluntária desafia por isso todas as pessoas que “acreditam” no ideal da Vida a “não ficarem” no dia 4 de outubro “presas ao sofá” e a participarem na caminhada a partir do Largo de Camões, em Lisboa.
“Esta é uma questão essencial para as gerações futuras, uma questão de valores e com a união de todos pode ter alguma voz”, conclui.
JCP
Agência Ecclesia

Secretário de Estado do Vaticano pede determinação na luta contra o terrorismo

ONUO secretário de Estado do Vaticano apelou à determinação da comunidade internacional na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico, durante a sua intervenção na 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
“Com a dramática situação no norte do Iraque e nalgumas partes da Síria, vemos um fenómeno totalmente novo: a existência de uma organização terrorista que ameaça todos os Estados, visando dissolvê-los e substituí-los com um governo mundial pseudorreligioso”, disse o cardeal Pietro Parolin, esta segunda-feira.
O texto, divulgado hoje pela sala de imprensa da Santa Sé, alerta para o perigo de uma “indiferença” global perante o sofrimento provocado pelo extremismo que atinge grupos étnicos, populações e culturas ancestrais.
O cardeal lamentou que a ONU permaneça “passiva” face à violência que vitima “populações indefesas”, repetindo os alertas do Papa pela paz nos territórios ocupados pelo autoproclamado Estado Islâmico.
“Num mundo de comunicações globais, este novo fenómeno encontrou seguidores em numerosos países”, observou o secretário de Estado do Vaticano.
Para o cardeal italiano, diplomata de carreira, este é um “desafio” que deve levar os vários governos a uma “resposta unificada”, através dos mecanismos ao dispor das Nações Unidas para “prevenir a guerra, travar os agressores, proteger as populações e ajudar as vítimas”.
“As novas formas de terrorismo levam a cabo ações militares em larga escala, que não podem ser contidas por um único Estado e que querem de forma explícita fazer guerra contra a comunidade internacional”, sublinhou.
Seguindo o pensamento do Papa Francisco, a delegação da Santa Sé reafirmou que considera “lícito e urgente” que se “trave a agressão através de ação multilateral e uso proporcionado da força”.
“Como representante de uma comunidade religiosa em todo o mundo, que abraça várias nações, culturas e etnias, a Santa Sé espera sinceramente que a comunidade internacional assuma a responsabilidade de tomar em consideração os melhores meios para travar todas as agressões e evitar a prática de novas e ainda mais graves injustiças”, afirmou o cardeal Parolin.
Noutra passagem do discurso, o secretário de Estado do Vaticano afirmou que a ONU e os Estados-membros têm uma “grave responsabilidade face aos pobres e excluídos”, sustentando que “a justiça social e económica é uma condição essencial para a paz”.
OC
Agência Ecclesia

29/09/2014

O Fotógrafo Mika Holanda de Fortaleza vence concurso da revista National Geographic


    Uma fotografia do poeta cearense Mário Gomes foi publicada no último sábado (28) pela revista National Geographic em seu site oficial. No momento, o artista coloca as mão sobre o rosto em uma espécie de transe típico para quem costuma vê-lo pelas ruas de Fortaleza. A imagem foi vencedora de concurso cultural promovido pela revista. 
    
    O momento foi captado em um domingo do início de setembro deste ano pelo fotógrafo e estudante de jornalismo Mika Holanda. "Eu sou um fotógrafo de rua e ando sempre nas mediações do Centro de Fortaleza e no Dragão do Mar. Esbarrei com ele ali sentado, quase no pôr-do-sol, meio deslocado e fiz uma sequência de imagens", diz. "Eu já tinha feito outras fotos do Mário Gomes, mas nenhuma tão expressiva", revela. 
Para o fotógrafo, a figura do poeta cearense representa uma "ressaca social", pela presença de uma figura arrasada pelos excessos e que mesmo na falta de lucidez aparente preenche as ruas com poesia.  
    Morador do bairro Bonsucesso, o poeta Mário Gomes completou 67 anos em 2014 . Apesar de ser conhecido como "poeta da Praça do Ferreira", é visto com frequência no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e em outros espaços culturais. É contemporâneo de nomes de destaque das letras cearense, como Carneiro Portela, Rembrandt Esmeraldo, Batista de Lima, Pádua Lima e Francisco Segundo.

Escolas infantis dividem opiniões

Quem escolhe instituições que têm apenas educação infantil quer acolhimento para os filhos.
Escolas infantis grandes e pequenas dividem opiniões.
Uma escola pequena com turmas menores e estrutura especializada ou um colégio em que é possível seguir nas próximas etapas de ensino e criar forte vínculo. As duas opções costumam encher os pais de dúvidas e dificultar a escolha da instituição em que o filho iniciará a educação infantil. A melhor alternativa dependerá de qual experiência a família deseja proporcionar para a criança.

Em geral, quem escolhe instituições que têm apenas educação infantil quer acolhimento para os filhos. Sem convívio com crianças maiores, a ideia é personalizar a atenção. Para especialistas, o foco na creche e na pré-escola ajuda na construção de currículos e espaços mais adequados para as faixas etárias.

Essa foi a opção de Tatiana Freire para o filho Kauã, de 4 anos, que estuda na Balou Berçário e Escola, no Morumbi, zona sul da capital. "Ouvi que a criança teria mais independência na escola grande, mas ele se desenvolveu muito bem na menor." Segundo a gerente comercial, sua escolha foi influenciada pela estrutura adaptada, que vai de turmas pequenas a móveis sem quinas e brinquedos próprios para cada idade. 

A chance de estudar em ambiente em que todos se conhecem também pesa na decisão dos pais. "O clima é familiar. A escola se torna extensão da própria casa", diz a psicóloga Ana Paula Tanan, que matriculou os filhos em um colégio só de educação infantil. Arthur, de 5 anos, e Maria Fernanda, de 3, estudam na Sol da Vila, na Vila Madalena, zona oeste.

Evitar o convívio com os mais velhos é outro aspecto ponderado pelas famílias. Para elas, dividir espaço com crianças maiores e adolescentes pode levar a brigas ou contato precoce com materiais não recomendados.

Transição

Apoiar a passagem dos alunos para o ensino fundamental é tarefa das escolas de educação infantil exclusiva. "No último ano, trabalhamos o ganho de autonomia", explica Fabiane Boyadjian, diretora da Escola Balou. "Se antes a professora retirava a agenda da mochila, neste momento a criança fica responsável por isso." 

"Pesquisas internacionais mostram que escolas pequenas funcionam melhor nessa fase", diz Maria Carmen Barbosa, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para ela, o risco de oferecer várias etapas no mesmo lugar é antecipar conteúdos. "Por pressão da cultura e da família, há tendência de só preparar para o 1º ano." Outro problema é reduzir a chance de encarar novos grupos sociais. 

Sequência

Ao contrário de quem busca escolas pequenas, algumas famílias miram a continuidade nas maiores. A criança entra em uma instituição na qual pode seguir nas próximas etapas de ensino. Assim, defende parte dos pais e especialistas, a aprendizagem ficará sob a mesma linha pedagógica e os laços sociais serão mais fortes.

"Minha escolha foi pela sensação de comunidade", diz a designer Eliana Abitante, que matriculou a filha em uma escola com aulas até o ensino médio. Olívia, de 5 anos, estuda no Colégio Equipe, em Higienópolis, na região central. Segundo Eliana, o convívio com os colegas maiores enriquece. "Isso nunca foi problema, mas um valor. Ela aprende com outros de várias idades. No futuro, ensinará os mais novos." 

Na educação infantil do Equipe, as turmas mesclam alunos de 3 a 5 anos. Como na maioria dos colégios mistos, os pequenos têm horários e espaços reservados. Mas também há atividades de integração, em que os mais velhos ajudam as crianças.

Para os pais, outro aspecto positivo é que o matriculado na educação infantil tem vaga garantida na mesma instituição nas etapas seguintes. A proximidade de casa e o interesse em manter irmãos de diferentes idades no mesmo lugar também influenciam a escolha.

Para a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Maria Letícia Barros Nascimento, ficar no mesmo colégio tem benefícios. "Se a criança se sente confortável, melhor. Já conhece as pessoas e as dependências." 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agencia Estado