30/11/2014

Francisco: voz dos que não tem voz

Padre Geovane Saraiva*


11 anos pe geovaneJesus quer sempre salvar o seu povo e saciar sua fome de dignidade, nada se pode coibir na ação de Deus que se manifeste, mesmo quando nos deparamos com resistência e ventos contrários. Como é salutar às pessoas sentirem-se envolvidas em luz e confiantes na proteção divina, como tão rezamos no Livro Sagrado: “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção de minha vida; perante quem eu tremerei?” (cf. Sl 27,1). São João da Cruz, na sua célebre expressão a seguir, que a tenho como um exigente desafio e, ao mesmo tempo, um programa de vida, nos assegura que, “No entardecer da vida seremos julgados pelo amor”.


O Papa Francisco ao se pronunciar no Parlamento Europeu em Estrasburgo – França (25.11.2014), além de a Imprensa internacional dar grande importância à sua boa nova, destacando os diversos temas abordados pelo Sumo Pontífice, nos dois discursos proferidos pelo Vigário de Cristo nas instituições europeias (Parlamento Europeu e Conselho da Europa), a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) reunida em Bruxelas – Bélgica, no dia seguinte se manifestou, falando de uma autêntica “encíclica social”, para o Velho Continente. Em uma nota enviada à Agência ECCLESIA, o presidente do organismo que reúne os bispos católicos europeus, Cardeal Reinhard Marx, salienta que com o seu discurso ao Parlamento Europeu, o Papa argentino “sublinhou a importância da aliança europeia e a necessidade de levar a diante este projeto”. Deixou claro o Sumo Pontífice na sua mensagem que as pessoas devem ser o centro, não apenas “enquanto cidadãs ou sujeitos de uma economia… Mas enquanto homens e mulheres dotados de uma dignidade transcendental” e de “direitos inalienáveis”.domtotal p


Encíclica social porque o Santo Padre salientou como questão de vida ou morte a devida importância se deve dar a Ecologia e o meio ambiente, trabalho e migrações foram outras matérias em destaque no discurso que o Papa Francisco pronunciou em Estrasburgo, perante o Parlamento Europeu e Conselho da Europa. Sobre a questão dos migrantes e itinerantes, o Cardeal Reinhard Marx frisa que o Papa argentino “colocou o dedo na ferida” ao falar da Ilha de Lampedusa, na costa italiana, que tem sido palco de incontáveis mortes de emigrantes africanos.


Homens e mulheres, muitas vezes famílias inteiras que se jogam ao mar em busca de uma porta de entrada para a Europa, na esperança de um futuro melhor. “O Papa não se limitou a alertar os deputados europeus para o fato do Mediterrâneo ter se transformado em um grande cemitério, desafiou-os a mostrarem-se solidários para com os problemas dos migrantes e a tomarem medidas concretas para a sua resolução”, complementa o presidente da COMECE. Sem esquecer o lado existencial das pessoas, afirmou o Bispo de Roma no Parlamento Europeu: “Uma das doenças que vejo mais difundidas hoje na Europa é a solidão, própria daqueles que não possuem vínculos”.


Voltando-me ao místico e poeta São João da Cruz, o qual nos presenteia com o poema “a noite escura da alma”, ao narrar os impecilhos do interior humano, no apego as coisas do mundo, no sentido de atingir o sentido completo da transcendência, que é a luz verdadeira de Deus, manifestado ao mundo no seu Filho Jesus. Deste modo, podemos caracterizar Francisco diante da realidade indizível e misteriosa do presépio um outro São João da Cruz, na humilde súplica de paz: “Rezemos de modo especial por todos que sofrem perseguições por causa da fé”, lançando um convite à “esperança”, a não se deixar deprimir nem se assustar por causa da realidade feita de “guerras e sofrimentos”. O Papa recordou como as grandes construções que ignoraram Deus estão destinadas a desabar. Foi assim com a “malvada Babilônia”, que caiu na corrupção e a mesma coisa com a “distraída Jerusalém”, que caiu por ser “autossuficiente”, incapaz de perceber em Jesus o Salvador da humanidade.


Um convite de Francisco a dizer não a depressão e um sim à esperança. Para o cristão, a atitude reta é sempre a “esperança”, nunca a “depressão”, disse o papa na missa de 27.11.2014, dedicada à Bem Aventurada Virgem da Medalha Milagrosa, encarnada na espiritualidade das filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, a congregação que presta serviço nesta Casa. Babilônia é o “símbolo de qualquer sociedade, cultura ou pessoa que se afasta de Deus, do amor ao próximo, acabando por apodrecer em si mesma”. No fim, “Babilônia cai por causa do apego aos bem temporais, da corrupção e de afastamento de Deus”.


Concluo com as palavras do Romano Pontífice, voz dos que não tem voz, indignado com a dor, sofrimento e carência de toda natureza, nunca dormindo no ponto, bem longe da indiferença e do comodismo: “Quando pensamos no fim da nossa vida, do mundo – explicou – com todos os nossos pecados, com a nossa história pessoal, pensemos no banquete que nos será oferecido gratuitamente e levantemos a cabeça”. Não à “depressão”, sim à “esperança”. É verdade que “a realidade é feia: há muitos povos e cidades que sofrem; tantas guerras, ódio e inveja; muita mundanidade espiritual e corrupção”. Mas “tudo isto passará”. Eis o motivo pelo qual devemos “pedir ao Senhor a graça de estar preparados para o banquete que nos espera, com a cabeça sempre levantada”. Assim seja!


*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal – Pároco de Santo Afonso – geovanesaraiva@gmail.com



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Barrichello conquista o título da Stock Car


O ex-piloto da Fórmula 1 conquistou o título da Stock Car





Após 23 anos de jejum, Rubens Barrichello voltou a ser campeão no automobilismo. Neste domingo, o ex-piloto da Fórmula 1 conquistou o título da Stock Car, ao ficar na terceira colocação na etapa final da categoria, em Curitiba. A vitória foi de Daniel Serra, com Átila Abreu em segundo lugar.


Barrichello não terminava um campeonato na primeira posição desde 1991, quando faturou a Fórmula 3 Inglesa. Neste intervalo, o piloto passou pela Fórmula 1 e pela IndyCar.


O piloto da equipe Full Time foi campeão já em sua segunda temporada na Stock Car. Em 2014, ele venceu duas corridas, sendo uma delas a Corrida do Milhão, em Goiânia.


A corrida


O início da etapa de Curitiba foi bastante confusa. Na primeira curva, alguns toques e rodadas deixaram detritos no traçado, e um dos concorrentes ao título, Thiago Camilo, se acidentou e abandonou a disputa.


Tudo isso teve consequências na prova e na corrida de Rubens Barrichello. Largando na pole position, o agora campeão caiu para a quarta posição, ao escapar em uma das primeiras curvas na segunda volta. Pelo rádio, pilotos relatavam que havia algum líquido (óleo ou água) na saída da curva onde Rubinho colocou as rodas de seu carro na grama. Tanto que outros competidores, como Cacá Bueno, também perderam a direção, mas continuaram na prova.


Na confusão, Daniel Serra assumiu a liderança. Átila Abreu, que também lutava pelo título (era o vice-líder, posição que manteve na classificação final), ficou em segundo lugar. Allam Khodair subiu para terceiro.


No pelotão de frente, a única mudança de posições até o fim da prova foi entre Khodair e Rubinho, que aconteceu após o primeiro demorar um pouco mais do que o normal no pit stop – os dois foram companheiros de equipe em 2014. Como a quarta ou a terceira posições davam o campeonato a Barrichello, ele apenas administrou sua prova até a bandeira quadriculada, sem ser ameaçado por pilotos que vinham atrás, e sem atacar quem estava à frente.


“Quero agradecer à equipe, que me deu um carro sensacional para a corrida. Levamos um susto no começo, eu quase rodei. Minha família está aqui do meu lado, não tem com descrever este sentimento”, falou Barrichello, que esteve acompanhado no pódio pelos filhos Dudu e Fernando.



Lance


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Violência na Síria e no Iraque é ´pecado grave´


Francisco disse que as pessoas de todas as fés não podiam ficar indiferentes





O papa Francisco disse que militantes islâmicos estavam realizando um “pecado profundamente grave contra Deus” na Síria e no Iraque, pedindo neste domingo pelo diálogo inter-religioso e por ações contra a pobreza para ajudar a encerrar os conflitos.


O papa falou no último dia de sua viagem à Turquia, que está abrigando quase 2 milhões de refugiados da Síria, com milhares de cristãos entre eles.


Juntamente com o patriarca Bartolomeu I, líder espiitual de 300 milhões de cristãos ortodoxos no mundo, Francisco disse que as pessoas de todas as fés não podiam ficar indiferentes às vítimas da “desumana e brutal” guerra ao lado.


“Tirar a paz de um povo, cometendo todo ato de violência, ou consentir com tais atos, especialmente quando dirigido contra os mais fracos e indefesos, é um profundamente grave pecado contra Deus”, disse o papa.



Reuters

 



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O que aconteceu com os Brics?


Assim como o Brasil, outros países do grupo que mudaria a economia global enfrentam desaceleração.






Da BBC








Em 2001, os Brics foram considerados países que poderiam remodelar a economia mundial.


Brasil, Rússia, Índia e China -na época o grupo não incluia a África do Sul- foram identificados como economias grandes e de crescimento rápido que teriam papeis globais cada vez mais influentes no futuro.


Países dos Brics enfrentam dificuldade econômicas (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência)

Países dos Brics enfrentam dificuldade econômicas (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência)

Mas a desaceleração econômica pela qual o Braisl está passando se repete em todo o grupo. O que aconteceu com estas economias?


Hoje, China e Rússia são possivelmente as mais preocupantes para o resto do mundo no curto prazo. Podem provocar uma reformulação séria e bastante indesejável.


No caso da China, há o risco de a desaceleração econômica se transformar em algo mais prejudicial para a economia mundial. Com a Rússia, há a possível consequência econômica do conflito na Ucrânia.


A desaceleração da China aconteceria mais cedo ou mais tarde. Na verdade, é notável que não tenha vindo antes.


A China tem registrado taxas extraordinárias de crescimento econômico há muito tempo – uma média de 10% ao ano nas últimas três décadas.


Mas este crescimento é baseado em taxas muito elevadas de investimento, atualmente em 48% da renda nacional ou PIB.


Quando o investimento é alto assim, há sempre o risco de que muitos projetos acabem sendo um desperdício ou não rentáveis, minando as finanças dos próprios investidores e de qualquer pessoa que tenha emprestado dinheiro a eles.


Poucos países têm taxas de investimento mais altas do que as chinesas -e nenhum deles têm muito a ensinar para a China. São eles Butão, Guiné Equatorial, Mongólia e Moçambique.


Outro fator que ajuda a entender o crescimento chinês é a exportação.


Mas não é possível depender disso atualmente, quando o resto do mundo ainda luta para se recuperar da crise financeira.


Transição chinesa

O que o governo chinês quer fazer é avançar no sentido de um crescimento econômico um pouco mais lento e mais influenciado por venda de bens e serviços para os consumidores chineses.


A desaceleração está acontecendo. Já nesta década, a taxa média de crescimento caiu em mais de dois pontos percentuais.


O homem que inventou o termo “Brics”, Jim O’Neill, então da Goldman Sachs, acredita que a transição pode ser gerida sem muita turbulência.


Outros são mais cautelosos.


O professor Kenneth Rogoff, da Universidade de Harvard, diz que a desaceleração da China é ao mesmo tempo inevitável e desejável, mas adverte: “Não é fácil conter o crescimento gradualmente sem provocar problemas generalizados de projetos de investimentos ambiciosos.”


Ele diz que, se o crescimento chinês entrar em colapso, a queda global poderia ser muito pior que a causada por uma recessão normal nos EUA.


Já a Rússia é uma história diferente.


Seu impacto econômico potencial sobre o resto do mundo em um futuro próximo está altamente relacionado com questões políticas.


O conflito na Ucrânia já prejudicou a Rússia economicamente.


As sanções impostas pelo Ocidente e o receio entre os investidores de que elas possam aumentar agravaram uma desaceleração que ocorreria de qualquer maneira.


O país já perdeu US$ 85 bilhões este ano, de acordo com dados do Banco Central.


A Rússia é muitas vezes criticada por ter um ambiente de negócios difícil, devido à burocracia e incertezas sobre o sistema legal.


O FMI já falou disso antes, e Jim O’Neill também afirma que a Rússia precisa de normas confiáveis de direito empresarial.


Os problemas da Rússia já tiveram impacto econômico além de suas fronteiras, notadamente na Alemanha.


As exportações para a Rússia caíram acentuadamente – o que é um fator importante por entender por que a Alemanha está perto da recessão.


Olhando para o futuro, o FMI também advertiu que “riscos geopolíticos”, ou seja, a crise na Ucrânia e no Oriente Médio, são algumas das principais ameaças para a recuperação da economia global que já é, nas palavras do próprio FMI, “fraca e desigual”.


Força da Índia

Outros dos Brics com problemas claros é o Brasil – apesar de o país representar menos perigo no contexto global.


Assim como a Rússia, é uma economia em que as exportações de commodities desempenharam um papel importante para os bons resultados da década de 2000.


Na Rússia, o que se exportava era de petróleo e gás. Já o Brasil tem minério de ferro e commodities agrícolas como soja, café e açúcar.


Jim O’Neill diz que ambos precisam tomar medidas para tornarem-se menos dependentes do setor de commodities.


Devem melhorar a sua competitividade de trabalho, diz, e se tornarem mais atraentes para o investimento privado em outras indústrias.


Entre os países do Bric original – que não inclui a África do Sul -, a Índia aparentemente é o que está causando menos ansiedade nos mercados financeiros e instituições econômicas internacionais no momento.


O crescimento ganhou força este ano, embora esteja muito aquém daquele da década anterior.


Muitos investidores receberam bem o novo governo de Narendra Modi, que assumiu o cargo em maio.


“Estou mais otimista do estive por algum tempo sobre a Índia”, diz Jim O’Neill.


Então, os Brics estão desmoronando?


É bom lembrar de onde este conceito veio. Ele apareceu pela primeira vez em um artigo escrito em 2001 por Jim O’Neill.


Não era um grupo, mas apenas uma maneira conveniente, com uma sigla agradável, para detectar tendências importantes.


Somente anos depois os países começaram a fazer cúpulas anuais e, nesta fase inicial, o grupo não incluia a África do Sul. O “s” no final de Brics aparecia apenas como um plural.


Alcançando o crescimento

O objetivo do trabalho era mostrar o papel cada vez mais influente que esses países desempenhariam na economia global pelos próximos 10 anos, e argumentar que a cooperação econômica internacional deveria mudar para refletir esta realidade diferente. E isso ocorreu.


Desde 2008, um dos fóruns-chave para questões de política econômica tem sido o grupo G20, que inclui todos os Brics entre os seus membros.


Os Brics eram as maiores economias emergentes. Não havia nenhum país africano quando a ideia foi usada pela primeira vez, e em termos do seu peso econômico a África do Sul estava bem atrás dos outros, e também de alguns que não foram incluídos, como a Indonésia e o México.


Um artigo de acompanhamento de dois outros economistas do Goldman Sachs estendeu a análise até 2050 e sugeriu que os Brics, em conjunto, poderiam ser maiores que os seis principais países industrializados somados em 2039.


A rigor, os artigos do Goldman Sachs não eram previsões. Eram retratos de como o mundo poderia ser se os países crescessem o quanto podem.


As taxas de crescimento previstas eram muito maiores do que a de países ricos.


Eles têm a possibilidade de alcançar esses países ao investir rapidamente em tecnologia, o que já está estabelecido em economias desenvolvidas.


Eles também têm mão de obras disponível, para as indústrias em rápida expansão, por causa da população em crescimento e urbanização, com as pessoas se mudando do campo para as cidades.


Nas projeções originais de Jim O’Neill, o crescimento chinês ao longo dos próximos 10 anos foi fixado em 7%, da Índia de 5%, e Rússia e Brasil, em 4%.


O Brasil foi o único que não atingiu essa projeção.


Mas todos os Brics têm desacelerado na década atual, por mais de dois pontos percentuais cada, com exceção da África do Sul.


Potencial para o futuro

O FMI investigou a desaceleração dos países em desenvolvimento.


Uma parte significativa dele reflete a demanda internacional mais fraca por suas exportações e políticas governamentais dos próprios países, que se tornaram uma limitação ao crescimento, à medida que reverteram políticas de estímulo anteriores -cortando gastos ou aumento impostos para reduzir as necessidades de financiamento.


Mas também há outros fatores que afetam a capacidade das economias emergentes de crescer no futuro – que limitam o que o FMI chama de “potencial de crescimento”.


As taxas de juros tendem a subir gradualmente de seus atualmente baixos níveis nos países ricos – particularmente nos EUA e no Reino Unido.


Isso vai afetar as taxas globais e tornar o investimento mais caro em economias emergentes.


Muitos também terão de lidar com o envelhecimento da população e um crescimento mais lento do número de pessoas em idade ativa.


Para alguns, a vantagem demográfica que tinham anteriormente está desaparecendo.


Rússia e China estão entre nesse grupo. Isso foi levado em conta nas projeções do Goldman Sachs. Jim O’Neill diz que, mais recentemente, suas políticas nesta área têm sido “surpreendentemente boas”.


A China está afrouxando sua política de filho único e, diz ele, “a Rússia tem tido algum sucesso no aumento da expectativa de vida com políticas muito mais inteligentes sobre o consumo de álcool.”


Apesar de todos os Brics terem desacelerado nesta década, os que apresentam perfomance mais fracos agora são Brasil e Rússia.


Suas taxas médias de crescimento têm sido inferiores a dos Brics asiáticos o tempo todo e, neste ano, eles desaceleraram ainda mais. Para 2014 como um todo, o FMI projetou crescimento para os dois, mas muito pouco – de 0,3% para o Brasil e 0,2% para a Rússia.


Os dois números, aliás, são um bem menores do que foi previsto este ano até para a zona do euro – apesar de ela ainda estar em crise e ter sido descrita como assombrada pelo “fantasma da estagnação” por Mark Carney, do Banco da Inglaterra.


Jim O’Neill ainda não achar que é o caso de tirar Brasil e Rússia do Brics – mas os últimos anos têm certamente sido uma decepção.


Portanto, não é hora de abandonar os Brics.


Os países fo grupo estão passando por alguns problemas, certamente. Para mudar o quadro, a China, em particular, está embarcando em uma operação audaciosa, enquanto busca uma forma diferente e, talvez, em última análise, mais sustentável de desenvolvimento econômico.


Os Brics e seu desempenho importam para o resto do mundo, mais do que importavam na virada do século – o que é, afinal, o ponto principal do conceito original.





http://goo.gl/fG89eR

No Peru, cúpula climática da ONU tenta 'rascunho zero' de acordo global


Conferência das Nações Unidas tem início nesta segunda (1º) em Lima.




Novo acordo do clima obrigará todos os países a cortar emissões de gases.






Eduardo CarvalhoDo G1, em Lima





Boa qualidade de vida diminui mortes por câncer


O câncer é a segunda causa de morte no país, atrás das doenças cardiovasculares




A melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e o maior acesso à saúde provocaram queda da mortalidade por câncer. Levantamento divulgado nessa semana pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra que entre 2003 a 2012, a redução de mortes por diversos tipos de câncer foi 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres. O cálculo foi feito com base nas taxas de mortes a cada 100 mil pessoas por ano, registradas pelo Ministério da Saúde.

A letalidade do câncer de estômago foi a que mais diminui: 2,9% entre os homens e 2,49%, entre as mulheres. A redução é associada a avanços no saneamento básico e à conservação de alimentos, segundo o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Cláudio Noronha. “O saneamento reduziu a prevalência da bactéria helicobacter pylori, fator de risco, e os refrigeradores mantém alimentos mais frescos e saudáveis, e exigem menos sal na conservação”, disse.


Entre os dez tipos de câncer que mais causam mortes, o câncer de mama, de colo de útero e de próstata, também apresentaram reduções, de 0,01% (estabilidade), 1,62% e 0,39%. Como o número de pacientes com as doenças tem aumentado, os médicos comemoraram a queda da mortalidade, atribuída a maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento.


O coordenador do Inca levantou preocupação com o câncer de pulmão entre as mulheres. Entre 2003 e 2012, a mortalidade caiu 1,65% em homens e aumentou 1,47% em mulheres. O percentual é impactado por pessoas que fumaram nos últimos 20 a 30 anos. “Se o Brasil não tivesse tido a política atual, de controle do tabagismo, a situação seria outra. Estudos mostram que cerca de 300 mil mortes foram evitadas”, frisou.


De acordo com levantamento do Inca, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm as menores taxas de mortalidade por câncer. No Norte e Nordeste, o aparente aumento está ligado ao aperfeiçoamento dos indicadores. Antes, as mortes por câncer eram registradas como indefinidas. “O médico atestava o óbito, mas não sabia dizer a causa. Hoje, [a razão das] mortes foram descortinadas. Por isso, para o Norte e Nordeste o padrão de informação é bem melhor”, esclareceu Noronha.


O câncer é a segunda causa de morte no país, atrás das doenças cardiovasculares. Em terceiro lugar estão os acidentes, como os automobilísticos, e mortes violentas. São fatores de risco para a doença a obesidade e hábitos não saudáveis, como o fumo, a ingestão de bebidas alcoólicas e refrigerantes, além de fatores hereditários e o envelhecimento.


Agência Brasil


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As várias faces dos problemas ambientais

  domtotal.com



Aumento na temperatura poderá trazer consequências extremas, como uma dramática redução dos recursos.





Por Reinaldo Canto*

Nos últimos dias, a temática ambiental recebeu importantes notícias, mas em sentidos opostos. Em primeiro lugar o estabelecimento do acordo climático, estabelecido pelas duas maiores potências econômicas mundiais. Estados Unidos e China, os maiores países poluidores e responsáveis por 45% das emissões de gases de efeito estufa do planeta, finalmente decidiram fixar metas para a redução de suas “pegadas ecológicas”. Certamente isso irá representar uma mudança ao menos simbólica na forma como a questão do aquecimento global e das mudanças climáticas foi tratada até o momento.

Já em terras pátrias e na contramão do proposto pelos líderes da economia mundial está o gerenciamento da crise da água que afeta dramaticamente São Paulo, mas que também assusta outras regiões e estados brasileiros.

Recentes declarações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e da presidenta da República, Dilma Rousseff, vaticinaram o fim do problema da crise da água com a redentora chegada das chuvas.

Na sequência uma rápida análise sobre esses dois movimentos recentes.

EUA e China

Reunidos em Pequim para uma série de acordos comerciais, o presidente norte-americano, Barack Obama e o presidente chinês Xi Jinping, anunciaram novas metas para a redução de suas emissões, um ano antes da COP de Paris (Conferência do Clima), no qual será discutido um novo acordo climático global.

A China, responsável sozinha por 29% das emissões globais dos gases de efeito estufa, principalmente em razão do uso do carvão como fonte energética propulsora de seu crescimento, fixou a meta de atingir um teto dessas emissões em meados de 2030, com um viés de que esse limite chegue antes dessa data. Depois disso deverá reduzi-lo progressivamente nos anos subsequentes.

Apesar de ainda ser pouco ambicioso e representar uma carta de intenções, mais do que ações efetivas, esta é a primeira vez que a China aceita se comprometer com uma redução de emissões.

Já os Estados Unidos anunciaram que pretendem reduzir entre 26 e 28% as suas emissões até 2025, em relação aos níveis registrados em 2005. Também um avanço em relação a metas anteriores.

Em ambos os casos, as potências enviaram a todos os países do planeta um importante recado sobre a importância de se enfrentar os desafios climáticos. A ambição da reunião do próximo ano é obter um acordo mundial suficientemente ambicioso para limitar o aquecimento global a 2.°C.

O aumento na temperatura poderá trazer consequências extremas de alcance global, o que significaria, entre vários impactos, uma dramática redução dos recursos, um número maior de conflitos principalmente entre as nações mais carentes, a elevação do nível dos oceanos e a extinção de espécies responsáveis pelo equilíbrio da biodiversidade terrestre.

As medidas anunciadas pelos Estados Unidos e a China não tem a capacidade de mudar as análises de cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, em sua sigla em inglês). Segundo esses mesmos cientistas, o tempo é muito curto para evitar o aumento da temperatura global. Mesmo assim, causou uma boa impressão o fato de potências que sempre estiveram em posições contrárias acordarem que é sim necessário trabalhar pela redução das emissões.

Claro que a China continua a defender a tese de que os países mais desenvolvidos devem reduzir de maneira mais expressiva suas emissões em relação aos demais países, sejam eles os que estão em franco desenvolvimento ou aqueles mais pobres.

Bem, as mudanças nem sempre ocorrem na velocidade desejada!

Falta de água

De volta ao Brasil varonil, recentemente o governador paulista esteve no Palácio do Planalto para solicitar uma ajuda emergencial no valor total de R$ 3,5 bilhões para enfrentar a crise hídrica enfrentada pelo estado de São Paulo. Nada mais natural que Geraldo Alckmin tenha feito esse movimento diante da terrível situação que tanto tem assustado a população. Mas espantoso é observar que o pedido da verba refere-se basicamente a obras de infraestrutura, com interligações de reservatórios, construção de estações de reuso de água e abertura de poços artesianos.

A recuperação dos mananciais, o reflorestamento de áreas críticas e a despoluição de rios e córregos não foram mencionados como ações necessárias para solucionar a escassez que atinge a capital paulista e uma grande quantidade de cidades do estado. Talvez sejam lembradas em outro momento… Quem sabe para quando o problema voltar?

Como assim, voltar? O leitor/internauta poderá, espantado, perguntar. Então repito: quando o problema voltar! Pois, segundo nossas autoridades, tanto o governador paulista quanto a presidenta, a chegada da temporada de chuvas irá solucionar a crise da falta de água.

Acreditem se quiserem, eles afirmaram, apesar de todas as informações em contrário, que estamos caminhando para uma solução no abastecimento de água!

Basicamente, o que difere os dois fatos relatados não são as ações propostas pelas potências mundiais ou o enfrentamento local para a questão da falta d’água. Ambas demonstram serem paliativas ou apenas uma sequência de boas intenções com poucos resultados concretos.

No caso internacional, ao menos, há o reconhecimento para a gravidade do problema vinculado ao aquecimento global. Pouco, sem dúvida, mas ao menos um diagnóstico correto.

Já em relação ao posicionamento de dois dos principais líderes nacionais, o que assusta é que, apesar de tudo, ainda existe uma incrível resistência em entender e aceitar que existem problemas insolúveis no curto prazo.

Assim como a água não nasce de obras de concreto, mas sim de um meio ambiente saudável e protegido, muitas das respostas que procuramos estão em decisões inteligentes e sustentáveis que vão impactar na vida de todos, no presente e no futuro. A questão é que devemos esperar mais de nossas lideranças. Nós, seres humanos, dependemos disso, não importa onde estejamos, em São Paulo, em Pequim ou Nova York, tanto faz. Afinal, o Planeta Terra é um só.


Eco Desenvolvimento

* Reinaldo Canto é jornalista especializado em sustentabilidade e consumo consciente, além de professor de Gestão Ambiental.



http://goo.gl/cmaZVv

O que o papa pretendia exatamente em Estrasburgo?

 domtotal.com




Por Dom William Kenney CP

O discurso do Papa Francisco ao Parlamento da União Europeia em Estrasburgo veio em um momento em que significativas minorias em muitos países europeus estão perdendo a esperança nas instituições europeias. Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, sem dúvida, queria o endosso a essas instituições. Foi isso que ele obteve, mas possivelmente não do modo que ele esperava.


O papa falou para as realidades políticas da Europa. É um discurso concebido para fomentar as relações Vaticano-União Europeia, certamente preparado por muitas mãos, e não apenas pelo próprio Francisco.


Martin Schulz começou listando muitos dos problemas da União Europeia (e, por essa razão, do restante da Europa) e foi familiarmente deprimente. O papa, então, usou as mesmas questão para dar uma mensagem muito esperançosa, embora forte.


Ele é um papa de símbolos, e essa é a sua primeira visita a qualquer ponto da União Europeia além do território italiano. Ele optou por visitar duas das maiores instituições democráticas da Europa. Ele prometeu a cooperação da Igreja, não menos importante da Comece (Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia), com estas e outras instituições da Europa.


Ele identificou o que considerou como as áreas realmente problemáticas da atual Europa: a solidão típica daqueles que não têm nenhuma conexão com os outros; a marginalização dos idosos; os jovens que não têm pontos de referência claros e oportunidades para o futuro; e o tratamento dos pobres e imigrantes.


Ele pediu um retorno da Europa aos seus valores fundamentais da paz, da subsidiariedade, da solidariedade e da dignidade da pessoa humana. A sua solução para as áreas problemáticas que ele identificou foi a de dar à Europa esperança, restaurando um sentido de transcendência e da centralidade da pessoa humana; alimentar os dons de cada homem e mulher. Isso deve ser feito mediante uma educação, disse, não menos importante na família, que auxilia a pessoa humana a crescer em sua totalidade. Ele disse que esses dons floresceriam no trabalho, remontando à encíclica de João Paulo II sobre o trabalho, Laborem exercens, de 1981. Francisco apelou por uma nova política imigratória que não transforme o Mediterrâneo em um cemitério.


Nas últimas 24 horas, alguns comentaristas viram no discurso do Papa Francisco um endosso dos pontos de vista negativos da Europa. De fato, ele é crítico de muitas das atuais políticas, mas quer um maior engajamento, não desengajamento, ele encoraja outros países a aderirem (os Bálcãs), e não a saírem. Ele está em busca de uma redescoberta da identidade europeia, centrada não na economia, mas na sacralidade da pessoa humana.


A sua conclusão é um forte chamado à ação e à esperança: “Chegou o momento de abandonar a ideia de uma Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e persegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem; a Europa que caminha na terra segura e firme, precioso ponto de referência para toda a humanidade!”.


The Tablet, 26-11-2014



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'Ele amava o Brasil', diz fã de Bolaños que produziu shows de 'Chaves'

30/11/2014 07h05




Maurício Trilha, de 23 anos, passou dia na casa do artista em Cancún.


Jovem trouxe integrantes do elenco do seriado para espetáculos no país.






Do G1 RS




Show de luzes inaugura 19ª edição da Árvore de Natal da Lagoa, no Rio



‘Um Natal de Luz’ é tema da árvore que tem 3,1 milhões de lâmpadas.


Atração turística da cidade ficará montada até o dia 6 de janeiro.






Káthia MelloDo G1 Rio




Papa e patriarca de Constantinopla apelam a intervenção internacional em defesa dos cristãos

Agência Ecclesia




 


(Lusa)
(Lusa)

Declaração conjunta manifesta preocupação particular pela situação no Iraque e na Síria


Istambul, Turquia, 30 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco e o patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I, assinaram hoje uma declaração conjunta na Turquia em que apelam à intervenção internacional em defesa dos cristãos no Médio Oriente.

“Expressamos a nossa preocupação comum pela situação no Iraque, na Síria e em todo o Médio Oriente”, refere o texto, divulgado pelo Vaticano.

A assinatura decorreu na sede do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, a atual Istambul, após uma celebração na igreja de São Jorge, assinalando a festa de Santo André, patrono do patriarcado.

Francisco e Bartolomeu I denunciam a “dramática situação dos cristãos e de todos aqueles que sofrem no Médio Oriente”, que exige “não só uma oração constante mas também uma resposta apropriada por parte da comunidade internacional”.

“Não podemos resignar-nos com um Médio Oriente sem os cristãos, que ali professaram o nome de Jesus durante dois mil anos”, sustentam os dois líderes cristãos, recordando que muitos “são perseguidos e, com a violência, foram forçados a deixar as suas casas”.

“Até parece que se perdeu o valor da vida humana e que a pessoa humana já não tem importância alguma, podendo ser sacrificada a outros interesses. E, tragicamente, tudo isto se passa perante a indiferença de muitos”, advertem o Papa e o patriarca ecuménico.

A declaração conjunta revela a unidade de católicos e ortodoxos “no desejo de paz e estabilidade” e na vontade de “promover a resolução dos conflitos através do diálogo e da reconciliação”.

“Apelamos a quantos têm a responsabilidade dos destinos dos povos que intensifiquem o seu empenho a favor das comunidades que sofrem, consentindo a todas, incluindo as cristãs, de permanecerem na sua terra natal”, assinalam.

A declaração alude ainda à importância do “diálogo construtivo com o Islão”: “Muçulmanos e cristãos são chamados a trabalhar, juntos, por amor da justiça, da paz e do respeito pela dignidade e os direitos de cada pessoa, especialmente nas regiões onde durante séculos viveram em coexistência pacífica e agora, tragicamente, sofrem juntos os horrores da guerra”.

O Papa e o patriarca ecuménico deixam uma palavra de solidariedade a “todos os povos que sofrem por causa da guerra”, em particular na Ucrânia.

“Apelamos às partes envolvidas no conflito para que procurem o caminho do diálogo e do respeito pelo direito internacional para pôr fim ao conflito e permitir que todos os ucranianos vivam em harmonia”, referem.

O texto fala num “ecumenismo do sofrimento”, sustentando que “a partilha dos sofrimentos diários pode ser um instrumento eficaz de unidade”.

Nesse sentido, é apresentado o “desejo de continuar a caminhar juntos” a fim de superar os obstáculos que dividem a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.

“Expressamos a nossa intenção sincera e firme de, em obediência à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, intensificar os nossos esforços pela promoção da unidade plena entre todos os cristãos, e sobretudo entre católicos e ortodoxos”, assumem os responsáveis.

Francisco e Bartolomeu I deixam uma palavra de estímulo ao trabalho promovido pela Comissão Mista Internacional para o diálogo teológica, instituída exatamente há 35 anos, que “se encontra atualmente a tratar das questões mais difíceis que marcaram a história” da divisão entre as duas Igrejas e que requerem “um estudo cuidadoso e profundo”.

Após a assinatura desta declaração, o Papa e o patriarca almoçam com alguns membros das respetivas delegações na sede do Patriarcado, situando no Fanar, no antigo bairro grego de Istambul.

OC



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Por uma Igreja desperta

 domtotal.com



Mantém-se viva a nossa fé ou ela foi-se apagando na indiferença e na mediocridade?





Por José Antonio Pagola*

As primeiras gerações cristãs viveram obcecadas pela rápida vinda de Jesus. O ressuscitado não podia demorar. Viviam tão atraídos por Ele que queriam encontrar-se de novo o quanto antes. Os problemas começaram quando viram que o tempo passava e a vinda do Senhor demorava.


Rapidamente se deram conta de que esta demora encerrava um perigo mortal. Podia-se apagar o primeiro ardor. Com o tempo, aquelas pequenas comunidades podiam cair pouco a pouco na indiferença e no esquecimento. Preocupava-os uma coisa: “Que, ao chegar, Cristo nos encontre adormecidos”.


A vigilância converteu-se na palavra-chave. Os evangelhos repetem-na constantemente: “vigiai”, “estejam alerta”, “vivei despertos”. Segundo Marcos, a ordem de Jesus não é só para os discípulos que estão a escutá-lo. “O que vos digo a vós, digo-o a todos: Velai”. Não é uma chamada má.


A ordem é para todos os seus seguidores de todos os tempos.


Passaram 20 séculos de cristianismo. Que aconteceu a esta ordem de Jesus? Como vivem os cristãos de hoje? Continuamos despertos? Mantém-se viva a nossa fé ou foi-se apagando na indiferença e na mediocridade?


Não vemos que a Igreja necessita de um coração novo? Não sentimos a necessidade de sacudirmos a apatia e o autoengano? Não vamos despertar o melhor que há na Igreja? Não vamos reavivar essa fé humilde e limpa de tantos crentes simples?


Não temos de recuperar o rosto vivo de Jesus, que atrai, chama, interpela e desperta? Como podemos seguir falando, escrevendo e discutindo tanto de Cristo, sem que a sua pessoa nos apaixone e transforme um pouco mais? Não nos damos conta de que uma Igreja “adormecida” a quem Jesus Cristo não seduz nem toca o coração é uma Igreja sem futuro, que irá se apagando e envelhecendo por falta de vida?


Não sentimos a necessidade de despertar e intensificar a nossa relação com Ele? Quem como Ele pode despertar o nosso cristianismo da imobilidade, da inércia, do peso do passado, da falta de criatividade? Quem poderá nos contagiar a sua alegria? Quem nos dará a Sua força criadora e a Sua vitalidade?



Instituto Hunitas Unisinos, 28-11-2014.

*José Antonio Pagola é teólogo.



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Papa na Turquia – Padre Lombardi: avança o diálogo com o Islão




2014-11-30 Rádio Vaticana


O Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé prestou declarações à Rádio Vaticano sobre a Viagem do Papa à Turquia ressaltando a importância do encontro do Santo Padre com os católicos na Turquia, as boas relações com os ortodoxos e o diálogo com o Islão que avança com novo empenho

Sobre a Viagem Apostólica do Papa Francisco à Turquia o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé prestou declarações à Rádio Vaticano.

O Padre Lombardi considerou ter sido muito importante o encontro do Santo Padre com a pequena comunidade católica recordando que quando o Papa visita os católicos no Oriente uma das suas mensagens é aquela da união e da boa colaboração entre os católicos dos diversos ritos como aqueles presentes na Turquia: latino, copta, sirio e armeno.

Abordado também pelo Padre Lombardi o tema das relações com os ortodoxos tendo sublinhado nestas suas declarações a presença constante do Patriarca Bartolomeu I nos momentos desta visita do Papa Francisco. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé considerou que existe uma belíssima relação de amizade fraterna entre Francisco e Bartolomeu e que o diálogo muito intenso existente entre os dois é uma esperança para a causa do ecumenismo em todo o mundo.

O Padre Lombardi ressaltou ainda a importância desta visita do Papa Francisco à Turquia para o diálogo entre cristãos e muçulmanos referindo a estima que o Santo Padre declarou pelo povo turco pelo seu acolhimento aos refugiados. De particular importância o encontro inter-religioso vivido no Diyanet que é o Departamento para os Assuntos Religiosos da Turquia:

“Um encontro cordial e também uma consciência de que o momento atual é um momento particularmente crucial também para Islão mundial, com os seus conflitos internos, com os seus problemas para fazer face ao terrorismo e ao fundamentalismo.”

“Portanto, os problemas que foram tratados ontem pareciam não só aqueles da relação entre islão e cristãos ou as dificuldades que os cristãos têm em terras de maioria muçulmana, mas um partilhar uma situação de necessidade, de empenho dos verdadeiros crentes – dos religiosos e dos crentes em Deus – para a paz, para a superação dos fundamentalismos, do terrorismo, dos ódios, dos conflitos neste mundo em que vivemos.”

“Parecia existir uma sensibilidade comum sobre a necessidade de um novo empenho no diálogo inter-religioso: o Papa disse-o numa pequena parte do seu discurso: ‘é preciso encontrar formas novas, com coragem e criatividade, para o diálogo inter-religioso no mundo de hoje.” (RS)



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