13/11/2016

Sérgio da Rocha, cardeal brasileiro

Padre Geovane Saraiva*


O Ano Jubilar da Misericórdia foi inaugurado na festa da Imaculada Conceição de Maria, aos 8 de dezembro de 2015, e tem conclusão no dia 20 de novembro de 2016, solenidade de Cristo Rei do Universo. Na véspera da feliz e inaudita conclusão do referido Ano Santo da Misericórdia, a Basílica de São Pedro cede lugar, no Vaticano, ao Consistório em 19 de novembro de 2016 para a nomeação de 17 novos cardeais, membros ilustres do clero dos cinco continentes do planeta, dentre os quais o nosso querido Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília.


Que o fechamento do Jubileu da Misericórdia, precedido do referido Consistório, ajude-nos a pensar não só nas construções dos antigos templos, tendo a pedra angular como a pedra fundamental, a primeira a ser assentada na esquina do edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes, servindo para definir a colocação das demais pedras e alinhar toda a construção. Mas que não deixe dúvida de que edifício, ao qual nos referimos por analogia, é Jesus Cristo, que, compreendido aos olhos da fé e também ao rigor da razão, é a pedra angular, aquela que os pedreiros rejeitaram (cf. Sl 117, 22), a que, por inúmeras vezes, o Livro Sagrado se refere.


Como é maravilhoso pensar na Igreja tendo Cristo como a porta das ovelhas, o bom pastor, pedra angular! E seus discípulos e seguidores como pedras vivas nesse edifício espiritual, numa forte, encantadora e análoga simbologia, indicando-nos, do menor ao maior, a utilidade das pessoas na Igreja de Cristo. Somos, portanto, a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, na qual a pedra angular é o elemento essencial da nossa razão de ser e existir, o fundamento sólido e seguro da referida construção.


Ainda associando a ideia de edifício, ou de uma construção, nos vem à mente a Igreja como templo santo de Deus. No Antigo Testamento, temos em Salomão a prefiguração de Cristo, ao edificar o templo como lugar por excelência de encontro com Deus. Naquele lugar sagrado, guardava-se a Arca da Aliança, sinal límpido da presença do Senhor no meio do seu povo. O maravilhoso, nesse contexto inefável, é perceber que o templo prefigura a Igreja, a Sião ou a Jerusalém Celeste, local no qual o Espírito Santo de Deus habita, guiando-a e sustentando-a (cf 1 Rs 6, 1-14).


A partir da santa e feliz iniciativa supracitada é que Deus sempre mais derrama a graça da perseverança, na seguinte assertiva do Papa Francisco (13/11/2016): “Construir um mundo melhor, apesar das dificuldades e dos acontecimentos tristes que marcam a existência pessoal e coletiva”, na certeza de que Deus jamais abandona seu povo. Dom Sérgio da Rocha ganha a missão, bondade do Papa Francisco, de mais de perto auxiliá-lo no governo da Igreja. As melhores bênçãos!


Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência  Sacerdotal, integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – geovanesaraiva@gmail.com


Sérgio da Rocha, cardeal brasileiro

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